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Putin acusa Ucrânia de dificultar conversas de paz com ‘propostas irreais’

Declaração foi feita durante teleconferência com chanceler alemão, Olaf Scholz, que pediu avanços para cessar-fogo e melhorias da situação humanitária

Por Caio Saad 18 mar 2022, 10h35

Em teleconferência com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia nesta sexta-feira, 18, de dificultar as negociações de paz.

“Observou-se que o regime de Kiev está tentando de todas as formas possíveis atrasar o processo de negociação, apresentando propostas cada vez mais irreais”, afirmou o Kremlin em transcrição da ligação. “No entanto, o lado russo está pronto para continuar procurando uma solução alinhada com suas conhecidas abordagens de princípios”.

+ Entenda o acordo que pode trazer a paz entre Rússia e Ucrânia

De acordo com Moscou, a conversa entre os líderes foi solicitada pela Alemanha. Durante a ligação, que durou cerca de uma hora, Scholz repetiu seu pedido por um “cessar-fogo o mais rápido possível”, assim como uma “situação humanitária melhorada e progressos na busca por uma solução diplomática”, de acordo com publicação nas redes sociais feita por Steffen Hebestreit, porta-voz de Scholz.

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Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, os dois líderes tiveram uma discussão “difícil”, mas “eficiente”.

“A conversa, claro, dificilmente pode ser chamada de amigável. Foi uma conversa dura”, afirmou. “No entanto, há necessidade para tais contatos, troca de informações, discussão de tópicos sensíveis relacionados à operação especial”.

Esta é a terceira vez que Scholz e Putin conversam desde a invasão da Rússia à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro. A última conversa aconteceu junto ao presidente francês, Emmanuel Macron, em 12 de março.

Na quarta-feira, 16, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que partes do acordo negociado com a Ucrânia para tentar encerrar o conflito estão perto de serem fechadas. Segundo o chanceler, a neutralidade de Kiev, um dos principais pontos de embate entre os países e exigência de Moscou para acabar com a guerra, está sendo seriamente discutida.

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As exigências de Moscou para encerrar a invasão ao país vizinho, que teve início em 24 de fevereiro, foram explicitadas recentemente quando o porta-voz Dmitry Peskov listou as condições para que a Rússia interrompa suas operações militaresna Ucrânia. Em entrevista à agência Reuters, Peskov disse que o Kremlin exige que Kiev encerre sua ação militar, mude sua Constituição para a neutralidade, de modo que o país garanta que jamais irá fazer parte da Otan ou da União Europeia, e reconheça a independência das regiões de Donetsk e Luhansk, além de enxergar a Crimeia como um território russo.

Moscou chama sua incursão de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e desalojar líderes que chama de “neonazistas”. Kiev e seus aliados ocidentais dizem que se trata de um pretexto para uma guerra não provocada contra um país democrático de 44 milhões de pessoas.

A fala de Lavrov seguiu uma declaração do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que as rodadas de negociações se tornaram mais realistas.

“As reuniões continuam e, pelo que eu fui informado, as posições já soam mais realistas. Mas mais tempo será necessário para que as decisões estejam de acordo com os interesses da Ucrânia”, disse na noite de terça-feira, 15.

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Mais cedo, ele já havia sinalizado que que seu país precisa entender que “a porta da Otan não está aberta” para admissão, em referência à principal aliança militar ocidental.

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