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Puigdemont desiste de ocupar cargo de presidente da Catalunha

Ex-líder regional indicou Jordi Sànchez como sucessor. O líder separatista, contudo, está preso

Por Da redação
Atualizado em 1 mar 2018, 17h41 - Publicado em 1 mar 2018, 17h26
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  • O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou nesta quinta-feira que desistiu provisoriamente de concorrer novamente ao cargo mais alto de liderança da região autônoma. Em uma mensagem transmitida desde Bruxelas, o líder deposto indicou Jordi Sànchez como seu sucessor.

    “Informei hoje o presidente do Parlamento que, de forma provisória, não apresento a minha candidatura à presidência da Catalunha. Pedi-lhe que iniciasse o mais rapidamente possível uma ronda de audições para que seja nomeado outro candidato”, afirma no vídeo publicado nas redes sociais.

    Segundo Puigdemont, Sànchez é o número dois da nossa lista e “representa como ninguém os valores do Junts per Catalunya [seu partido] e é um homem de paz”, disse.

    Sánchez é presidente da organização popular separatista Assembleia Nacional da Catalunha (ANC) e está preso desde outubro de 2017, acusado dos crimes de sedição e rebelião por seu envolvimento na organização de manifestações populares a favor da independência na Catalunha em 20 de setembro.

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    Puigdemont, contudo, enfatizou que sua desistência temporária não implica uma renúncia definitiva de sua campanha pela independência da Catalunha ou de sua vontade de liderar. Afirmou que está empenhado em “trabalhar quando puder desfrutar da liberdade” para tornar possível a independência.

    O ex-presidente regional está em autoexílio em Bruxelas desde que um mandado de prisão contra ele foi emitido pela Justiça espanhola. Puigdemont foi deposto e o Parlamento local dissolvido pelo governo espanhol após a decisão dos deputados de proclamarem a independência unilateral catalã no final de outubro.

    Ainda assim, após as novas eleições parlamentares, Puigdemont foi oficializado candidato à Presidência em janeiro e recebia apoio de todos os partidos independentistas para assumir o cargo, mesmo à distância, já que seria preso assim que retornasse à Espanha.

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    A mais alta corte da Espanha, contudo, barrou a candidatura à distância do líder separatista e em janeiro o Parlamento catalão adiou as eleições para presidente até que a situação fosse resolvida.

    Porém, sem solução para o conflito, já era esperado que Puigdemont anunciasse sua renúncia para acabar com o período de incerteza e desbloquear a situação política da Catalunha.

    Justiça espanhola

    Segundo a imprensa catalã, a sessão de eleição para o próximo presidente poderia acontecer já na próxima semana. Contudo, ainda existem uma série de impedimentos legais a serem resolvidos.

    O Tribunal Constitucional espanhol, a mais alta corte do país, havia determinado no passado que qualquer candidato deveria se apresentar pessoalmente ao Parlamento catalão para que fosse elegível para o cargo. A eleição de Sánchez, portanto, só poderia acontecer de forma legal após uma nova decisão da corte, segundo o jornal local La Vanguardia.

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