Cairo, 5 mai (EFE).- Um total de 179 pessoas detidas por sua participação nos distúrbios desta sexta-feira em frente ao Ministério da Defesa no Cairo presta depoimento neste sábado à Procuradoria Militar do Egito, informaram à Agência Efe fontes de segurança do país.
Os detidos, acusados de atacar instalações militares e membros das Forças Armadas, foram presos na praça de Abassiya, onde fica o Ministério, e na mesquita próxima de Nour por suposto envolvimento nos confrontos entre manifestantes e soldados, que deixaram um morto e centenas de feridos.
Segundo as fontes, 50 dos manifestantes foram detidos quando se escondiam dentro do templo religioso, onde as tropas apreenderam armas automáticas e pistolas que guardavam com eles.
Ativistas contra a Junta Militar convocaram uma manifestação em frente à Procuradoria Militar em solidariedade aos detidos, informa a edição online do jornal ‘Al-Ahram’.
O advogado Ali Taha explicou ao site que 14 dos detidos são mulheres e que vários deles apresentavam sinais de espancamento.
A menos de três semanas para as eleições presidenciais, a violência eclodiu nesta sexta-feira no Cairo, junto ao Ministério da Defesa, onde milhares de manifestantes se enfrentaram em uma batalha campal contra os soldados que protegiam o prédio governamental.
Após conseguirem controlar a situação, as Forças Armadas decretaram um toque de recolher no bairro de Abassiya entre 23h local (18h de Brasília) desta sexta-feira e 7h (2h de Brasília) deste sábado.
Nesta manhã, os arredores do Ministério da Defesa apresentavam um aspecto tranquilo, segundo pôde constatar a Agência Efe. Operários limpavam o local, que estava protegido por vários militares, sem a presença de manifestantes. EFE