Príncipe Andrew é intimado e tem 21 dias para apresentar defesa
O Duque de York é acusado de abuso sexual de menor
O príncipe Andrew, de 61 anos, recebeu nesta terça-feira (21) a intimação do processo em que é acusado de abusar sexualmente de uma menor.
A ação é movida pela americana Virginia Giuffre, vítima do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein. Ela afirma ter sido abusada seguidas vezes quando tinha 17 anos.
Advogada de Virginia, Sigrid McCawley, mostrou à imprensa os recibos de entrega dos documentos à Suprema Corte do Reino Unido. O processo foi aprovado pelo juiz distrital de Nova York Lewis Kaplan.
Os documentos também foram entregues através dos correios ao advogado do nobre, Andrew Brettler, nos Estados Unidos.
O juiz responsável pelo caso aprovou a entrega do processo via correios já que, segundo os advogados de Virginia Giuffre, ele vinha fugindo da intimação como “num jogo de esconde-esconde utilizando os muros do palácio”.
A defesa de Virginia vinha afirmando que o príncipe e seus representantes rejeitaram todos os pedidos para fornecer “fatos, contexto ou explicação que ele pudesse ter, e para explorar abordagens alternativas de resolução de disputas”.
Desde o estouro do escândalo, em 2019, Andrew, o duque de York, que é o nono na linha de sucessão ao trono britânico – se afastou da vida pública e está recluso no castelo de Balmoral, na Escócia.
Essa propriedade é destinada ao descanso da Rainha Elizabeth II. Ele tem a companhia da ex-mulher, Sarah Fergunson, de quem se separou em 1996.
No último sábado (18), Andrew perdeu o nascimento da neta, filha da princesa Beatrice e de Edoardo Mozzi, para evitar ser intimado pelas autoridades judiciais.
De acordo com as regras americanas, Andre tem agora 21 dias para responder ou pode enfrentar um julgamento à revelia.
Giuffre abriu processo contra o Andrew utilizando a uma nova legislação para vítimas de abuso sexual infantil criada em 2019 em Nova York. A lei permite processar agressores por conduta ocorrida anos ou até décadas antes.
Segundo ela, os abusos aconteceram entre 2000 e 2002, período em que Andrew frequentava a casa do milionário Jeffrey Epstein em Manhattan. Os dois foram apresentados pela mulher de Epstein, Ghislaine Maxwell. A americana apresentou uma foto em que aparece ao lado de Andrew na época.
Andrew foi fotografado ao lado de Epstein no Central Park, em Nova York, em 2010. Na época, Epstein era um criminoso sexual fichado e que já havia cumprido 13 meses de prisão por acusações relacionadas à prostituição.
Epstein foi encontrado morto na prisão em 2019. Ele se suicidou depois de ter sido oficialmente denunciado no Estado de Nova York por tráfico sexual envolvendo menores de idade.