Primeira-dama francesa recusa título de primeira-dama
Para Valérie Trierweiler, termo está 'em desuso'. Ela aceita outras sugestões
A jornalista Valérie Trierweiler, mulher do presidente francês François Hollande, fez um pedido incomum aos franceses. Por considerar “em desuso” o termo “primeira-dama”, ela pediu que lhe enviem alternativas para designá-la na nova “situação”.
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“Quero mudar as coisas, quero renovar essa palavra”, afirmou Valérie em entrevista divulgada nesta quinta-feira pela emissora de TV France Inter. Ela assegurou que recebeu uma lista de proposições enviadas pelos franceses, como a de “primeira jornalista”, mas assinalou que ainda não tomou uma decisão.
A mulher de Hollande indicou que também não decidiu qual será seu papel junto ao presidente, embora tenha confirmado que pretende manter seu cargo como jornalista da revista Paris Match, o que ela disse ser “vital” para si própria. “Por um lado, quero manter minha independência financeira; por outro, há uma parte da minha existência à qual não quero renunciar”, explicou.
Valérie afirmou estar disposta a assumir as funções de apoio à assistência social, como tradicionalmente fizeram as primeiras-damas francesas e, em particular, auxiliar a Fundação Danielle Mitterrand, fundada pela esposa do ex-presidente socialista François Mitterrand e que enfrenta dificuldades após a morte de sua criadora.
A mulher de Hollande rejeitou a imagem de “mulher intervencionista”, como publicaram recentemente alguns veículos da imprensa francesa, e a atribuiu a ideia às “fantasias” que existem no imaginário público “quando se trata de uma mulher com algo de personalidade”, disse. “À noite (Hollande e eu) falamos do que fizemos durante o dia. Não dou conselhos a ele. Posso fazer algum comentário, mas nada importante”, garantiu.
(Com agência EFE)