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Preso na China, Nobel da Paz Liu Xiaobo está em estado crítico

Escritor e dissidente é vítima de um câncer de fígado em fase terminal

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h34 - Publicado em 10 jul 2017, 10h43
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  • O dissidente e escritor chinês Liu Xiaobo, 61 anos, encontra-se em “estado crítico”, conforme anunciou nesta segunda-feira (10) o hospital em que o prêmio Nobel da Paz de 2010 está internado desde que saiu da prisão, na China. Xiaobo é vítima de um câncer de fígado em fase terminal.

    A equipe médica do Hospital Universitário de Shenyang disse que está preparada para transferir Liu Xiaobo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

    Os últimos exames revelam que o tumor aumentou e que Liu apresenta um quadro de pressão baixa e de insuficiência renal.

    Várias organizações de defesa dos direitos humanos e familiares acusam o governo chinês de ter esperado que seu estado de saúde piorasse para, então, libertá-lo.

    As autoridades garantem que Liu está sendo atendido por renomados oncologistas.

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    No sábado, o hospital de Shenyang declarou que o paciente não poderia ser transladado para o exterior, contrariando seu desejo. O Nobel havia pedido para ser tratado fora da China.

    No domingo (9), médicos americanos e alemães que examinaram o escritor e afirmaram que ele poderia viajar “sem perigo”.

    Em 2009, o ativista foi condenado a onze anos de prisão, acusado de “subversão” após reivindicar reformas democráticas no país.

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    Ele foi um dos autores da chamada Carta 08, um manifesto que exigia a realização de eleições livres. Durante a cerimônia de entrega do Nobel em Oslo, em 2010, foi representado por uma cadeira vazia. Na ocasião, o governo chinês chamou a distinção de obscena.

    O dissidente foi detido pela primeira vez após os célebres protestos do movimento estudantil na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em junho de 1989, violentamente reprimidos pelo governo. Entre 1996 e 1999, foi enviado a um campo de “reeducação pelo trabalho” por defender a reforma política e a libertação dos estudantes que participaram dos protestos de 1989 que permaneciam presos.

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