Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Presidente polonês sanciona lei polêmica sobre Holocausto

Nova norma desperta intensas críticas israelenses e americanas; lei também gera tensão interna na Polônia

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2018, 22h13 - Publicado em 7 fev 2018, 22h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente da Polônia, Andrzej Duda, sancionou na terça-feira a polêmica lei sobre o Holocausto, destinada a proteger a imagem do país no exterior e que virou fonte de tensão entre o país europeu e Israel, Estados Unidos e Ucrânia.

    Publicidade

    A nova norma prevê multas e até três anos de prisão pelo uso do termo “campos de concentração poloneses” ou a menção de crimes efetuados pela nação polonesa durante o Holocausto.

    Publicidade

    Andrzej Duda também anunciou que enviará a nova lei ao Tribunal Constitucional, para que verifique se o conteúdo viola a liberdade de expressão, como denunciaram as autoridades israelenses, que acreditam que a lei dificultará a investigação de historiadores e a informação publicada por meios de comunicação.

    “É uma solução que, por um lado, preserva os interesses da Polônia, nossa dignidade e a verdade histórica, para que os julgamentos a nosso respeito no mundo sejam honestos, que se abstenham de nos difamar”, afirmou Duda.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Mas, por outro lado, leva em conta a sensibilidade das pessoas para as quais a questão da memória histórica do Holocausto continua sendo excepcionalmente importante, principalmente para os que sobreviveram e, enquanto puderem, devem contar ao mundo seu passado e sua experiência”, acrescentou.

    Críticas

    O governo israelense, o Museu do Holocausto em Jerusalém e membros de todo o círculo político da Knesset –o parlamento de Israel– condenaram a lei por considerar que ela tenta “desafiar a verdade histórica” e que pode “esvanecer a cumplicidade, direta ou indireta, de setores da sociedade polonesa nos crimes contra os judeus”.

    Publicidade

    “Esta lei é sem fundamento. Não podemos mudar a História, e o Holocausto não pode ser negado”, protestou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

    Os Estados Unidos expressaram sua preocupação com as “consequências” do projeto, pedindo à Varsóvia que reconsiderasse a decisão. “Concordamos que expressões como ‘campos da morte poloneses’ são imprecisas, suscetíveis de induzir a erros e causar feridas”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em um comunicado. “Mas nos preocupa que esse projeto de lei, se for promulgado, afete a liberdade de expressão e o debate histórico”, acrescentou.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A Ucrânia também denunciou o projeto de lei, que permite estabelecer ações legais contra quem negar os crimes de nacionalistas ucranianos cometidos entre 1925 e 1950, inclusive dos que colaboraram com a Alemanha nazista.

    Divergências internas

    Os principais partidos da oposição criticaram a decisão de Duda, que qualificaram de “erro diplomático”, e disseram que a lei abrirá uma “crise diplomática” com Israel e outras nações.

    Publicidade

    Os próprios conservadores nacionalistas apoiadores de Duda estavam diante de um dilema, pois temiam serem acusados de ceder à pressão estrangeira se não aprovassem a lei, porém também não queriam prejudicar as relações com os Estados Unidos e Israel.

    (Com AFP e EFE)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.