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Presidente do conselho do Google diz que espionagem da NSA é “ultrajante”

Eric Schmidt afirmou que registrou reclamações junto à agência de espionagem e ao presidente Obama

Por Da Redação
4 nov 2013, 10h42

O presidente-executivo do conselho do Google, Eric Schmidt, disse nesta segunda-feira que as alegações de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, em inglês) espionou centros de dados da gigante da internet são “ultrajantes”. “É realmente ultrajante que a NSA tenha olhado entre os data centers do Google, se isso for verdade. Não são corretos os passos que essa organização está disposta a tomar sem fazer um bom julgamento da sua missão, algo que potencialmente viola a privacidade das pessoas”. A afirmação foi feita em uma entrevista em vídeo para o site do jornal The Wall Street Journal.

Schmidt adotou um tom diferente do empregado em entrevistas anteriores, quando o trabalho da NSA foi levantado. Em setembro, ele havia dito em uma palestra que a “espionagem era parte da natureza da sociedade”. Agora, ele disse que algumas das atividades da NSA, como a coleta de milhões de dados telefônicos, “não são apenas um caso de relações públicas ruins, mas algo talvez ilegal”. “Claramente existem casos de pessoas más, mas você não precisa violar a privacidade de cada cidadão americano para achar essas pessoas”, disse Schmidt.

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O ex-CEO do Google e atual presidente do conselho da empresa disse ainda ao jornal ter registrado reclamações junto à NSA, ao presidente Barack Obama e a membros do Congresso americano. O assunto surgiu na semana passada, quando uma reportagem publicada pelo jornal The Washington Post revelou que a NSA teria grampeado diretamente centro de dados do Google e da Yahoo para obter informações de usuários. A reportagem foi elaborada com base em documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden.

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Segundo os documentos citados pelo jornal, a NSA opera em parceria com seu correspondente britânico, o GCHQ (Government Communications Headquarters). Os dois órgãos partilhariam um programa chamado “Muscular”, que permite a ambos os organismos de inteligência recuperar dados que trafegam nas fibras ópticas utilizadas pelas companhias. Como outras grandes empresas, o Google e o Yahoo constantemente enviam dados por cabos ópticos, partilhados ou exclusivos.

O programa “Muscular”, de acordo com a reportagem do The Washington Post, é independente do programa “Prisma” – este último veio à tona no início da série de delações de Snowden e permite à NSA obter dados das empresas de tecnologia com a autorização da Justiça. Revelações anteriores, feitas pelo próprio Snowden, já tinham mencionado ações de espionagem em material do Google e de outras gigantes da internet dentro dos EUA, sob ordem judicial.

Logo após a publicação, a NSA contestou alguns dados da reportagem e de outros artigos posteriores sobre o mesmo assunto. “A NSA conduz todas as suas atividades de acordo com as leis, os regulamentos e as políticas vigentes – afirmações do contrário provocam um grande desserviço à nação, aos seus aliados e parceiros e aos homens e mulheres que fazem parte da NSA”, afirmou a agência em um comunicado na semana passada.

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