Seul, 22 dez (EFE).- O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak afirmou nesta quinta-feira que a Coreia do Sul tenta mostrar após a morte de Kim Jong-il que não mantém ‘hostilidade’ em relação a sua vizinha do Norte, e insistiu que uma rápida estabilização do país comunista é de interesse de todos.
‘As medidas que tomamos visam mostrar à Coreia do Norte que não somos hostis em relação a eles’, afirmou Lee, citado pela agência ‘Yonhap’, durante uma reunião com líderes políticos.
As tropas sul-coreanas mantêm ‘níveis baixos’ de vigilância, garantiu o presidente, acrescentando que a estabilização da Coreia do Norte irá beneficiar os países vizinhos.
Lee, que chegou ao poder em 2008 com uma política rígida a respeito de Pyongyang, explicou que deseja ser mais flexível em relação ao país comunista.
Depois da morte de Kim, na segunda-feira, Seul aumentou a segurança na fronteira com o apoio das Forças Combinadas da Coreia do Sul e Estados Unidos, embora tenha optado por não alterar o chamado ‘Watchcon’, a escala de vigilância das atividades norte-coreanas, para não criar uma sensação desnecessária de crise.
Um dia após o inesperado anúncio da morte, a Coreia do Sul expressou seus pêsames à população do norte e manifestou esperança de que ambas as partes possam trabalhar juntas para melhorar suas relações.
Os dois países estão tecnicamente em guerra desde que entraram em um confronto entre 1950 e 1953, que terminou com um cessar-fogo, mas sem um tratado de paz.
Em outro gesto de flexibilidade, Seul anunciou nesta semana que vai permitir que parentes do ex-presidente sul-coreano morto Kim Dae-jung, e do ex-presidente do conglomerado Hyundai Chung Mong-hun viajem até Pyongyang para prestar condolências.
O governo decidiu fazer esta concessão porque o regime de Pyongyang enviou delegações a Seul quando morreu em 2009 Kim Dae-jung, que protagonizou em 2000 a primeira cúpula intercoreana com Kim Jong-il, e também quando Chung morreu em 2003.
Uma fonte da Hyundai disse à ‘Yonhap’ nesta quinta que a Coreia do Norte enviou uma mensagem ao presidente do conglomerado para assegurar que ele será bem-vindo no funeral do Kim, no dia 28 de dezembro, ao qual não foram convidadas outras delegações estrangeiras. EFE