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Presidente da Ucrânia anuncia trégua com opositores

Na VEJA.com: A Presidência da Ucrânia anunciou uma trégua com a oposição depois de uma reunião do presidente Viktor Yanukovich com três lideranças opositoras. O comunicado afirma que serão iniciadas negociações “com o objetivo de acabar com o derramamento de sangue e estabilizar a situação, no interesse da paz social”. Arseniy Yatsenyuk, ex-ministro da economia […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h25 - Publicado em 19 fev 2014, 22h56
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  • Na VEJA.com:
    A Presidência da Ucrânia anunciou uma trégua com a oposição depois de uma reunião do presidente Viktor Yanukovich com três lideranças opositoras. O comunicado afirma que serão iniciadas negociações “com o objetivo de acabar com o derramamento de sangue e estabilizar a situação, no interesse da paz social”. Arseniy Yatsenyuk, ex-ministro da economia e líder do partido Fatherland, confirmou que “uma trégua foi declarada”. “O principal é proteger a vida humana”, diz a nota divulgada na página do partido na internet. “O ataque à Praça da Independência, que as autoridades tinham planejado para hoje, não vai ocorrer”. Ele participou da reunião com o presidente ao lado do ex-campeão mundial de boxe Vitaly Klitschko, líder do partido Udar e membro do Parlamento ucraniano, e do nacionalista Oleh Tyahnibok.

    O comunicado foi divulgado um dia depois da batalha campal que deixou 26 mortos e mais de 400 feridos nas ruas de Kiev, e horas depois de o presidente substituir o chefe do Exército, o coronel-general Volodymyr Zamana. A Presidência não informou o motivo da substituição, que ocorreu horas depois de o Ministério da Defesa anunciar que o Exército poderia ser acionado para participar de uma operação nacional “antiterrorista” para restabelecer a ordem no país. Há três meses, manifestantes ocupam as ruas da capital pedindo a saída de Yanukovich, que rejeitou um acordo com a União Europeia para se aproximar e receber ajuda financeira da Rússia.

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    Zamana havia sido apontado chefe do Exército há dois anos. Ele será substituído pelo almirante Yuriy Ilyin, que já comandou a Marinha ucraniana. Em uma declaração publicada pela agência France-Presse no início deste mês, Zamana defendeu que “ninguém tem o direito de usar as Forças Armadas para limitar os direitos dos cidadãos”.

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    Os manifestantes repetidamente pedem que os militares fiquem fora da disputa, e os políticos opositores lembram que a Constituição do país proíbe o governo de ordenar que o Exército ataque civis. Apesar disso, o Ministério da Defesa afirmou que a operação poderia ser conduzida com base em leis de combate ao terrorismo, o que abre margem para o uso de “meios especiais” para deter criminosos, fazer inspeções e buscas e restringir a movimentação de pessoas e veículos, informou a rede britânica BBC.

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    Em comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que o objetivo da operação é “parar com o extremismo e as ações ilegais de grupos radicais que ameaçam a vida de milhões de ucranianos, para assegurar a proteção de cidadãos pacíficos e impedir uma guerra civil na Ucrânia”.

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    Os confrontos de terça-feira foram os piores desde o início dos protestos, em novembro do ano passado. Nas últimas semanas, houve uma trégua, enquanto os dois lados faziam negociações, mas, nesta terça, a tentativa da polícia de acabar com um acampamento na Praça da Independência deu início a novos e violentos confrontos. Os conflitos também fizeram vítimas fora da capital, com uma mulher baleada na cabeça durante uma tentativa de invasão de um prédio dos serviços de segurança em Khmelnytskyy.

    Nesta quarta, novas barricadas foram incendiadas na Praça da Independência, em Kiev. Nesse clima de tensão, o presidente fez um pronunciamento na TV culpando opositores pelos confrontos e ameaçando levá-los à Justiça por agirem de forma inconstitucional. “Os líderes da oposição negligenciaram o princípio da democracia segundo o qual se chega ao poder por meio das eleições, e não pelas ruas ou praças. Eles ultrapassaram os limites, apelando ao povo que recorra às armas”, disse.

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    Reações
    O presidente dois EUA, Barack Obama, em visita ao México, disse a repórteres que os militares não devem se envolver em uma questão que os civis devem decidir. O chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen, também advertiu que a Ucrânia não deve usar o Exército para combater protestos.

    A escalada de violência no país também levou a União Europeia a discutir possíveis sanções econômicas a serem aplicadas contra a Ucrânia. A reunião emergencial entre representantes do governo francês e alemão foi marcada em Paris e tem o apoio da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, e também dos Estados Unidos – que já se manifestaram publicamente a favor da oposição e contra a truculência do governo ucraniano.

    “Não vamos continuar indiferentes”, disse o ministro Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. “Pode haver uma variedade de sanções, principalmente individuais contra os que estão por trás da violência”, adiantou o chanceler francês. Segundo a BBC, o premiê polonês, Donald Tusk, que mantém bom diálogo com outras ex-repúblicas que viviam sob o domínio soviético, também cobrou sanções.

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