
Bogotá, 22 jun (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, lamentou nesta sexta-feira a forma como aconteceu a ‘remoção’ de Fernando Lugo como chefe do Estado do Paraguai, mas afirmou que ‘formalmente não houve rompimento da democracia’, uma vez que foram observadas as leis desse país.
Santos observou que, apesar de o Senado ter tomado a decisão de acordo com a Constituição e as leis paraguaias, ‘não se devem utilizar procedimentos legais para abusar do poder, ou pelo menos se devem respeitar os requisitos básicos do devido processo’.
O líder deu essas declarações em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, que preferiu não fazer comentários ‘sobre uma decisão tomada no Congresso paraguaio’.
O presidente colombiano, ao contrário de outros colegas da América Latina que declararam não reconhecer o novo Governo de Federico Franco, até agora vice-presidente, preferiu ser mais contido e disse que estudará quais medidas serão tomadas ‘no marco da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)’.
‘Na prática, só lhe deram duas horas para sua defesa no Senado, porque (essa câmara) estabeleceu seu próprio regulamento, o que vai um pouco contra o bom senso e a lógica’, opinou Santos.
O Senado paraguaio considerou Lugo ‘culpado’ de mau desempenho de suas funções, o que derivou em sua imediata destituição e na nomeação de Franco até a realização de novas eleições, em abril de 2013. EFE