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Premiê chinês propõe reformas e mais democracia

Mas, segundo observadores, reformas na China são, no máximo, uma possibilidade remota

Por Da Redação
27 jun 2011, 21h50

O primeiro-ministro Wen Jiabao defendeu, nesta segunda-feira, que haja liberdade e democracia real na China. A declaração surpreende, já que Pequim reprimiu duramente, neste ano, as conclamações surgidas na internet por uma “Revolução de Jasmim Chinesa” semelhante às revoluções no mundo árabe.

Falando durante uma visita à Grã-Bretanha, Wen disse também que a corrupção e as disparidades de renda estão prejudicando a vida dos chineses. “Sem liberdade não há democracia real, e sem a garantia de direitos econômicos e políticos não há liberdade real”, afirmou ele na Royal Society, instituição voltada para o desenvolvimento e promoção das ciências.

Democracia – “Para ser franco, a corrupção, a distribuição injusta de renda e outros males ainda existem na China. A melhor forma de resolver esses problemas é avançar firmemente na reforma política e na democracia socialista, sob o estado de direito”, acrescentou Wen, que deixa o cargo em 2012.

No começo da entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron, Wen disse que a China irá, no futuro, aperfeiçoar sua democracia e suas instituições. “A China de amanhã será uma sociedade e um país mais aberto e inclusivo, culturalmente avançado e harmonioso”, afirmou. “Um país ou nação só irá crescer e progredir quando for aberto e inclusivo.”

Em frente ao prédio no qual o premiê discursou, grupos de ativistas tibetanos fizeram um protesto contra o domínio de Pequim sobre sua região.

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Perfil – Wen é conhecido por suas tendências reformistas em comparação ao resto da elite governante chinesa. Ele já fez discursos e escreveu artigos propondo reformas políticas para preservar o crescimento econômico. Mas, segundo observadores, reformas na China são, no máximo, uma possibilidade remota, devido ao conservadorismo da base partidária e da nova geração que está ascendendo dentro do regime comunista.

Wen, que passou quase dez anos como premiê, é o terceiro nome na hierarquia do Partido Comunista. Nessa viagem, ele já esteve na Hungria, e seu próximo destino é Berlim.

Às vésperas de sua breve visita à Europa, a China libertou o artista e ativista Ai Weiwei, cuja detenção havia atraído amplas críticas no exterior. No domingo, foi a vez de outro dissidente famoso, Hu Jia, ser libertado, após cumprir três anos e meio de prisão.

(Com agência Reuters)

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