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Potências fazem campanha contra venda de urânio ao Irã

Por Da Redação
24 jan 2009, 11h35

Com agência Reuters

Potências ocidentais acreditam que o Irã está ficando sem matéria-prima para seu programa nuclear e lançaram uma campanha para convence os países produtores de urânio, entre eles o Brasil, a não vender o produto a Teerã, informou neste sábado uma reportagem do jornal britânico The Times.

O jornal contou que departamento de assuntos internacionais do governo britânico ordenou no final do ano passado que seus diplomatas no Cazaquistão, Usbequistão e Brasil – três dos maiores produtores de urânio – fizessem lobby junto aos governos locais sobre o assunto.

“Países incluindo Inglaterra, Estados Unidos, França e Alemanha começaram um esforço diplomático para dissuadir os maiores produtores de urânio de vender para o Irã”, disse o jornal.

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Fontes diplomáticas citadas pelo Times disseram que o estoque iraniano de “bolo amarelo”, produzido a partir do minério de urânio, pode se esgotar dentro de meses. O urânio enriquecido necessário para reatores nucleares ou armas é produzido em centrígufas que espalham gás hexafluoreto (UF6) em alta rotação. O UF6 deriva de uma reação química criada com o chamado “bolo amarelo”, um pó que surge do urânio concentrado na forma de sal.

Os governos das potências ocidentais acusam Teerã de tentar desenvolver armas atômicas sob a sombra de um programa para produzir energia nuclear. O Irã nega as acusações e diz que pretende apenas gerar eletricidade.

A Resolução 1.737 do Conselho de Segurança da ONU proíbe os países de fornecer qualquer item “que possa contribuir para atividades do Irã relacionadas ao enriquecimento” de urânio.

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“Poucos entre os grandes produtores correriam o risco de fazer negócio com o Irã”, afirmou o Times. “No entanto, os intensos esforços para garantir que os países produtores sigam as regras sublinham o desafio crescente de conter o comércio de urânio num momento em que ele se expande rapidamente.”

O vice-presidente da companhia atômica estatal do Cazaquistão disse à agência Reuters em uma entrevista em novembro que a antiga república soviética planeja aumentar a produção de urânio para cerca de 12 mil toneladas neste ano, ante as cerca de 8,6 mil toneladas de 2008.

De acordo com a World Nuclear Association, organização que promove as aplicações nucleares pacíficas, os 10 maiores produtores de urânio do mundo são Canadá, Austrália, Cazaquistão, Rússia, Nigéria, Namíbia, Usbequistão, Estados Unidos, Ucrânia e China. O Brasil é o 13º produtor.

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O Times afirmou que a República Democrática do Congo pode ser outra fonte potencial de suprimento que preocupa as potências ocidentais e o braço das Nações Unidas que trata do assunto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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