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Posse de presidente mexicano é marcada por protestos

Milhares de manifestantes entraram em confronto com a polícia nas ruas

Por Da Redação
1 dez 2012, 18h28

A posse de Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), como o novo presidente do México foi marcada neste sábado por protestos de parlamentares dentro da Câmara dos Deputados e confrontos entre a polícia e manifestantes armados fora da sede da Câmara.

A sessão de posse, prevista para às 9h (14h no horário de Brasília), começou com cerca de 45 minutos de atraso e em meio ao protesto dos legisladores. “Termina um governo ilegítimo e começa o pesadelo da imposição, ilegitimidade, a restauração começa, voltaremos ao passado”, afirmou o deputado Ricardo Monreal.

Nas ruas, cerca de 3.000 manifestantes protestaram. Alguns deles tentaram furar o cerco policial. Ao menos vinte pessoas ficaram feridas em confrontos, segundo fontes médicas. “Nós não esperávamos algo tão violento”, disse um dos cerca de 200 soldados que cercaram o Palácio Legislativo, onde a Polícia Federal instalou, há vários dias, cercas metálicas de três metros de altura.

Pelo menos cinco soldados ficaram feridos, um deles foi atingido no rosto por uma pedra, dois por um coquetel molotov, e dois outros pelo mesmo gás lacrimogêneo lançado para repelir os manifestantes.

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Várias organizações críticas ao novo poder, entre elas o movimento estudantil #YoSoy132, organizaram manifestações na capital e em outras cidades. Uma delas aconteceu próximo à emblemática estátua do Anjo da Independência, liderada pelo líder da esquerda Andrés Manuel López Obrador, que perdeu as duas últimas eleições e que acusa Peña Nieto de ter comprado milhões de votos para ganhar a eleição presidencial, alegações rejeitadas pelo Tribunal Eleitoral.

Discurso – Após a posse, Peña Nieto fez seu primeiro discurso como presidente. “O primeiro eixo de meu governo é ter um México em paz”, disse o presidente em uma cerimônia no Palácio Nacional, que contou com a presença de legisladores, convidados especiais e autoridades de diversos países. Peña Nieto enumerou cinco eixos de seu governo, entre os quais se destacam o restabelecimento da paz e o combate à pobreza de algumas áreas, acompanhados de 13 ações concretas que se refletiram em iniciativas legais e projetos que serão incluídos no orçamento de 2013. Sem se referir diretamente ao narcotráfico, que o governo anterior de Felipe Calderón combateu com uma controversa mobilização de mais de 50.000 militares, Peña Nieto enfatizou a mudança de “paradigma” da luta antidrogas, dando a ela uma face mais humana. A onda de conflitos ligada ao narcotráfico deixou, em seis anos, mais de 60.000 mortos, em sua maioria por disputas entre os cartéis e militares. Como segundo foco de sua presidência de seis anos, Peña Nieto destacou “conseguir um México inclusivo”, com combate à pobreza e redução das desigualdades o país enfrenta, apesar de seus indicadores macroeconômicos positivos. “Há um México em desenvolvimento e um México que vive no atraso e na pobreza. É revoltante e inaceitável que milhões de mexicanos ainda sofram com a fome”, disse ao anunciar que, em 60 dias, colocará em funcionamento uma “cruzada nacional contra a fome”. (Com agência France-Presse)

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