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Por um texto sobre drogas, todo o site Wikipedia é bloqueado na Rússia

A agência federal russa que cuida de assuntos relacionados à mídia, Roskomnadzor, condenou o site Wikipedia nesta segunda-feira por manter uma página que fala sobre a droga charas, um tipo de haxixe produzido a partir da resina da maconha. A medida fará com que o portal use um protocolo de segurança que bloqueará todo o […]

Por Da Redação
25 ago 2015, 11h34
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  • A agência federal russa que cuida de assuntos relacionados à mídia, Roskomnadzor, condenou o site Wikipedia nesta segunda-feira por manter uma página que fala sobre a droga charas, um tipo de haxixe produzido a partir da resina da maconha. A medida fará com que o portal use um protocolo de segurança que bloqueará todo o site e, portanto, não permitirá fazer mais nenhuma busca no arquivo. Atualmente, a Wikipedia tem mais de 1,5 milhão de acessos por hora no país.

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    A recente batalha entre autoridades russas e o Wikipedia começou em uma cidade de menos de 8.000 habitantes chamada Chyorny Yar, no sul do país. Um promotor local entrou com um pedido para a enciclopédia virtual retirar o verbete sobre a droga charas. Mas, segundo o jornal Washington Post, as razões para o pedido de suspensão não ficaram claras. Um tribunal da própria cidade de Chyorny Yar julgou procedente o pedido do promotor em junho e ontem a agência estatal Roskomnadzor acatou a devisão do tribunal.

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    Nos últimos dias, o diretor-executivo da Wikipedia, Stanislav Kozlovski, deu várias entrevistas defendendo o artigo e dizendo que as informações contidas no arquivo foram retiradas de fontes confiáveis, como o site da Organização Mundial de Saúde, e de pesquisas acadêmicas. Para os opositores do governo, a medida é mais um golpe contra a liberdade de informação. Recentemente, a Roskomnadzor havia bloqueado temporariamente sites como o Google, Twitter e Facebook e baixou diversas leis que restringem o acesso.

    A agência de regulação de mídia russa também aprovou uma nova legislação para as empresas estrangeiras de comunicação atuarem no país. A partir de fevereiro de 2016, as empresas estrangeiras poderão ter, no máximo, apenas 20% das cotas das companhias do setor.

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    (Com ANSA)

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