Paris, 22 mar (EFE).- Agentes do corpo de elite francês RAID mantiveram ao longo de toda a noite o recurso das detonações como forma de pressionar o suposto assassino de sete pessoas em Toulouse e Montauban, que está há mais de 26 horas entrincheirado em seu domicílio nessa primeira cidade.
O jovem, um francês de origem argelina identificado como Mohammed Merah, tinha anunciado nesta quarta-feira em algumas ocasiões sua intenção de entregar-se às forças da ordem nas horas seguintes, uma promessa que não cumpriu.
As três primeiras detonações foram ouvidas às 19h34 (horário de Brasília) perto da casa, e foram seguidas por pelo menos outras dez ao longo da noite, o que, segundo o Ministério do Interior, buscavam aumentar ‘a pressão’ sobre o suspeito.
No bairro onde se encontra o imóvel, a iluminação elétrica foi cortada às 17h de quarta-feira, uma medida que se uniu ao fechamento da rua e à evacuação desse edifício e de outros próximos.
O ministro do Interior, Claude Guéant, precisou durante a tarde desta quarta que o objetivo era evitar o assalto e capturá-lo vivo para poder apresentá-lo à Justiça.
Em conversas com os negociadores, Merah se definiu como um mujahedin membro da rede terrorista Al Qaeda, organização que, segundo ele, havia encomendado seu atentado na França.
Entre suas vítimas em Toulouse e na vizinha Montauban em 11, 15 e 19 de março há três militares, três crianças e o pai de duas delas, que era professor na escola judaica na qual cometeu o último ataque. EFE
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