Polícia alemã foi alertada sobre atirador, mas não agiu antes de ataque
Philipp F., de 35 anos, matou seis pessoas, incluindo uma mulher grávida, antes de se matar em Hamburgo
A polícia da cidade alemã de Hamburgo recebeu uma denúncia anônima há dois meses sobre o atirador que matou seis pessoas, incluindo uma mulher grávida, antes de se matar na quinta-feira, 9. Apesar da queixa, o homem que invadiu um centro usado pela associação Testemunhas de Jeová continuou com porte de arma ativo.
De acordo com informações da mídia local, a polícia recebeu em janeiro uma carta que expressava preocupações sobre a saúde mental de Philipp F. e a compra de munição feita pelo homem de 35 anos. Na ocasião, policiais não encontraram motivos de preocupação quando fizeram uma visita a ele no mês passado.
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“Ele é um ex-membro das Testemunhas de Jeová que deixou a comunidade voluntariamente há cerca de um ano e meio, mas aparentemente não nos melhores termos”, disse Thomas Radszuweit, chefe da segurança de Hamburgo.
O suspeito tinha autorização para possuir armas e tinha posse legal de uma pistola. Na Alemanha, caçadores, atiradores e pessoas que podem provar que estão sob ameaça podem pedir porte de arma. Tanto o histórico médico quanto criminal são levados em conta para que a licença seja concedida.
Na noite de quinta-feira, Philipp entrou em um centro religioso e matou quatro homens e duas mulheres, incluindo uma grávida, de idades entre 33 e 60 anos. Outras oito ficaram feridas, quatro delas em estado grave. O atirador se matou assim que membros das forças especiais entraram no local e seguiram ele até o primeiro andar do prédio.
Não há indícios de que ele tenha sido motivado por terrorismo, segundo Ralf Peters Anders, procurador regional.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, que é ex-prefeito de Hamburgo, descreveu o ataque como um “ato brutal de violência”.