Lagos, 14 fev (EFE).- Em 2010, 60,9% dos nigerianos viviam na pobreza, o que significa um aumento considerável desde o índice de 54,7% de 2004, segundo o último relatório publicado nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) da Nigéria.
De acordo com estas porcentagens, 112 milhões de nigerianos podem permitir apenas mínimas necessidades com relação a alimentos, habitação e roupas, apesar de o Produto Interno Bruto da Nigéria ter crescido 7,6% em 2010.
O estadista mais reconhecido da Nigéria, Yemi Kale, descreveu a situação da Nigéria como um ‘paradoxo’, já que o número de nigerianos que vivem na pobreza no país continua aumentando apesar do crescimento da economia.
‘O NBS estima que esta tendência pode ter aumentado até mais em 2011 se for levado em conta o potencial impacto positivo de diversos programas de intervenção contra da pobreza’, disse Kale na apresentação dos dados do organismo, recolhidos no ‘Relatório do Perfil de Pobreza da Nigéria de 2010’.
Das seis regiões geopolíticas nas quais o NBS divide a Nigéria, o noroeste e o nordeste do país são as mais afetadas pela pobreza, com taxas que chegam a 77,7% e 76,3%, respectivamente.
Já no sudoeste da Nigéria, onde está situada Lagos, a capital econômica do país, é onde são registrados os menores índices de pobreza, com 59,1%.
Kale apontou além disso que ‘utilizando a medida relativa, a absoluta e a de dólar por dia, a NBS estima que a pobreza pode ter aumentado levemente a 71,5%, 61,9% e 62,8% respectivamente’. EFE