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“Pensei que fosse um terremoto”, diz jornalista da Rádio Caracol

Erika Fontalvo estava se preparando para entrar no ar quando a explosão ocorreu

Por Mariana Pereira de Almeida, da Colômbia
14 ago 2010, 19h48
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  • A explosão de um carro-bomba em frente à Rádio Caracol, em Bogotá, na última quinta-feira, provocou pânico entre os jornalistas que estavam no local. O atentado danificou seriamente o prédio da emissora e abriu um buraco de 45 centímetros de profundidade e mais de dois metros de diâmetro nas imediações. “Eu pensei que fosse um terremoto. Foi um ruído fortíssimo”, disse a editora de internacional da emissora, Erika Fontalvo, a VEJA.com.

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    As autoridades passaram o dia todo removendo os escombros. Segundo a polícia, 50kg de explosivos foram usados no ataque, que deixou nove feridos, afetou 49 estabelecimentos comerciais e 333 casas da região. “Eu me assustei muito, fiquei impressionadíssima. Tive uma espécie de ‘déjà vu‘ de atentados anteriores”, contou Erika. Para a jornalista, a ação tinha um alvo certo. “Não queremos nos fazer de vítimas, mas para nós está claro que foi um atentado contra a Rádio Caracol”, afirmou. Confira a entrevista na íntegra:

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    Como foi o momento da explosão?

    Eu estava na cabine, pronta para entrar no ar, junto com outros dois jornalistas, quando todo o edifício tremeu. Pensei sinceramente que fosse um terremoto. Mas, o ruído cessou. Foi um ruído fortíssimo.

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    Quem estava na redação?

    Havia apenas oito pessoas na redação, porque era muito cedo. A primeira reação foi do meu chefe, que entrou no ar, dizendo que uma explosão havia ocorrido. Mas, de repente apareceram diversos seguranças e praticamente o tiraram à força. Pouco depois, seguimos com a transmissão.

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    Como foi a reação das outras pessoas?

    A gente não se deu conta logo da gravidade da explosão. Era noite ainda, e estava tudo muito escuro. Nós percebemos a dimensão dos estragos quando vimos as imagens transmitidas pelos canais de TV. Eu me assustei muito. Fiquei impressionadíssima. Tive uma espécie de “déjà vu” de atentados anteriores.

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    Como ficou o edifício após o ataque?

    Ficou bastante danificado por dentro e por fora. Alguns escritórios estão inutilizáveis, e os elevadores pararam de funcionar. As autoridades passaram o dia removendo escombros e limpando a área.

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    Quem vocês acham que foi o responsável pela explosão?

    Não há nenhuma hipótese concreta. Foi alguma organização criminosa: máfia ou guerrilha, o mais provável. Ninguém confirma ainda. Não queremos nos fazer de vítimas, mas para nós está claro que foi um atentado contra a Rádio Caracol.

    A rádio apóia algum político?

    A Caracol não tem vínculo algum com políticos. Há veículos muito mais comprometidos com o governo ou algum partido. Mas, nós temos uma posição crítica às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

    Como foi o dia após a explosão?

    Nós trabalhamos o dia todo sem parar. O presidente Juan Manuel Santos esteve aqui com outras autoridades. Ele entrou no prédio e foi solidário conosco.

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