Pelo menos dois morrem em novas manifestações no Iêmen
Presidente se diz arrependido por culpar EUA pelos protestos no mundo árabe
Pelo menos duas pessoas morreram nesta quarta-feira e outras cinco ficaram feridas em um protesto na província de Lahech, no sul do Iêmen. As forças de segurança do país abriram fogo contra dezenas de manifestantes contrários ao presidente Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 32 anos.
Segundo testemunhas, os agentes dispararam ao tentar retirar os manifestantes, que haviam invadido um complexo de casas em construção, que leva o nome de Saleh. Os imóveis fazem parte de um plano do governo, que tem como fim construir moradias para pessoas com poucos recursos.
Essa não é a primeira manifestação registrada na província de Lahech, que foi palco de protestos maciços desde o início da revolta contra o regime iemenita, em 27 de janeiro. Segundo fontes da oposição, na última terça-feira, a pressão nas ruas obrigou Saleh a destituir o governador desta e de outras quatro províncias.
A medida coincidiu com o “Dia da Ira”, uma manifestação que reuniu centenas de milhares de pessoas em várias cidades do país para pedir a renúncia do presidente.
Arrependimento – Um dia depois de culpar os EUA e Israel pela onda de protestos no mundo árabe, Saleh pediu desculpas ao governo americano por seus comentários. O presidente do Iêmen, um aliado-chave de Washington contra a Al Qaeda, ligou para o conselheiro americano para contraterrorismo, John Brennan, “para transmitir seu arrependimento pelos desentendimentos relacionados às suas declarações públicas”, diz um comunicado da Casa Branca.
(Com agência EFE)