Pelo décimo dia, Grécia enfrenta incêndio mais mortal do verão europeu

Centenas de bombeiros da Grécia continuam lutando contra um grande incêndio no nordeste do país nesta segunda-feira, 28, pelo décimo dia consecutivo. O fogo já matou pelo menos 20 pessoas, enquanto a nação mediterrânea enfrenta o segundo grande foco de chamas neste verão do Hemisfério Norte, provocado por ondas de calor recordes em todo o continente europeu.

O incêndio começou perto da cidade de Alexandroupolis e atingiu descontroladamente a região de Evros, no nordeste da Grécia, impulsionado por ventos fortes e altas temperaturas. Todos os mortos até agora, exceto um, eram imigrantes irregulares escondidos na floresta.

“É a definição do que chamamos de megaincêndio”, disse Pavlos Marinakis, porta-voz do governo.

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Marinakis também disse que autoridades visitaram a área para avaliar os danos. Espera-se que os deputados gregos discutam o impacto da tragédia e a resposta do Estado no parlamento na próxima quinta-feira, 31.

O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, financiado pela União Europeia, afirmou que o incêndio de Evros queimou mais de 77 mil hectares de terra e se tornou um dos maiores fenômenos do tipo em solo europeu em anos.

“Tentamos molhar um pouco a terra com mangueiras, para proteção, mas a água evaporou rapidamente”, disse Michalis Tsolakis, um apicultor da região que perdeu 350 colmeias na aldeia de Kirki, à agência de notícias Reuters. “Não foi possível salvar nada.”

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As forças de combate a incêndios do Chipre, Alemanha, Suécia, Bulgária e Eslováquia têm ajudado a Grécia a apagar as chamas vertiginosas nas últimas semanas. Em paralelo, o fogo que tomou os arredores de Atenas na última terça-feira 22 diminuiu de intensidade.

Dezenas de pessoas tiveram de fugir das suas casas em toda a Grécia desde o início do verão por conta dos incêndios sem precedentes. Em julho, cerca de 20 mil turistas estrangeiros foram retirados da ilha de Rodes, onde o fogo consumiu, entre outras estruturas, resorts e hotéis.