Patriota volta a defender entrada da Venezuela no Mercosul
Em discurso à comissão, chanceler criticou postura da ONU quanto à Síria
O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, defendeu nesta quarta-feira a suspensão do Paraguai do Mercosul, adotada após o impeachment do então presidente Fernando Lugo, assim como a decisão do bloco de aceitar a Venezuela como integrante definitivo. O chanceler discursou à Comissão de Relações Exteriores do Senado com o objetivo de explicar diversos aspectos da política externa do governo Dilma.
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Venezuela – Sobre a entrada da Venezuela, o ministro insistiu sobre o potencial econômico e comercial que o Mercosul adquire com a incorporação do país. “A Venezuela é uma potência energética, a quarta da América do Sul e o seu ingresso ajuda a mostrar que o Mercosul não envolve só o Sul do Brasil, mas o Norte, o Nordeste, a região Amazônica”, declarou o chanceler.
A Venezuela entrou para o Mercosul em uma manobra de Brasil, Argentina e Uruguai. O país já havia solicitado ingresso no bloco há seis anos, mas o Congresso paraguaio sempre se opôs à entrada da Venezuela. Com o Paraguai suspenso do Mercosul, os outros membros abriram espaço para o governo de Hugo Chávez.
Síria – Ainda durante o discurso à comissão do Senado, Patriota criticou o silêncio do Conselho de Segurança da ONU perante o agravamento da crise na Síria, país que considera imerso “em uma verdadeira guerra civil”. Patriota também qualificou de inoperante o chamado “Quarteto para o Oriente Médio”, que é integrado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e a própria ONU, afirmando que o grupo não fez os esforços necessários em relação à crise no país árabe.
(Com agência EFE)