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Partido Popular comemora vitória nas eleições espanholas

Vantagem de 10% nos votos sobre os socialistas é considerada 'fulminante'

Por Da Redação
23 Maio 2011, 13h28
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  • O conservador Partido Popular (PP) comemora nesta segunda-feira os excelentes resultados nas eleições locais e regionais do domingo na Espanha, nas quais obtiveram uma margem de vantagem de 10% sobre os socialistas, em um contexto de crise econômica e protestos populares. Com 100% dos resultados apurados, o PP teve 37,53% dos votos, contra 27,79% do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). A taxa de participação foi de 67%.

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    A diferença de 10% – ou mais de 2 milhões de votos – é um grande constraste em relação ao resultado da eleição anterior, em 2007, quando os dois partidos terminaram quase empatados. “O PP arrasou com os socialistas, em uma vitória acachapante, um tsunami que afogou o PSOE”, escreveu o jornal El País, indicando que “este desastre sem precedentes deixa o PSOE à beira de uma grave crise”.

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    O El Mundo também falou em “tsunami”, anunciando em sua manchete que “A Espanha exige a mudança”. A vitória do PP é “o início do caminho para a maioria absoluta em 2012”, declara o diário, afirmando ainda que “a Espanha real fulminou o PSOE e exige eleições gerais já”.

    Ao admitir a derrota, ainda no domingo, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero disse que os resultados têm uma claríssima relação com os efeitos da crise econômica”. E completou: “Era razoável esperar que o PSOE recebesse hoje um castigo nas urnas”. Para o analista político José María Ridao, entretanto, não foi a crise que produziu isso, e sim a “gestão da crise” nas mãos do executivo socialista.

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    Oposição – Além disso, Zapatero fomentou “o voto do medo”, afirmou Ridao. O premiê não hesitou em advertir sobre os riscos de uma vitória da direita, e lidou com a crise desde o primeiro momento através de medidas populistas que aumentaram o gasto público, antes de anunciar os drásticos cortes orçamentários do ano passado. O resultado, segundo o analista, foi que ele desmobilizou seu eleitorado e mobilizou completamente o eleitorado oposto, do PP, cujo principal objetivo é expulsá-lo.

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    O resultado das eleições, porém, não fez com que os Indignados deixassem as ruas do país. Nesta segunda, a Puerta del Sol da capital Madri voltou a amanhecer ocupada por centenas de jovens do Movimento 15 de Maio, que exigem mudanças políticas e econômicas. “Ficamos pelo menos até domingo, e não descartamos permanecer ainda mais”, declarou uma porta-voz do movimento, nascido espontaneamente nas redes sociais da internet. “Não percebemos uma desmobilização depois das eleições, ao contrário, estamos cada vez mais estruturados, as pessoas vêm nos ajudar”, acrescentou.

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    Até o rei da Espanha manifestou-se nesta segunda-feira sobre a situação do mercado de trabalho em seu país, uma das reclamações dos manifestantes. “É necessário não apenas investir na profissionalização, na modernização e na formação das empresas, mas também dar um estímulo urgente ao emprego juvenil”, declarou Juan Carlos I, ao discursar para uma associação empresarial. Entre os jovens com menos de 25 anos, o nível de desemprego na Espanha chega a assustadores 44%. “Para isto, devemos unir esforços para trabalhar junto com nossas instituições, agentes econômicos e sociais e o conjunto da sociedade”, indicou o monarca.

    (Com agência France-Presse)

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