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Paquistão adverte aos EUA que ataques de aviões espiões são ‘inaceitáveis’

Por Da Redação
31 jan 2012, 09h23

Islamabad, 31 jan (EFE).- O Governo paquistanês classificou nesta terça-feira como ‘inaceitáveis’ os ataques com aviões não-tripulados americanos em seu território depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconhecesse publicamente pela primeira vez sua existência.

‘São ilegais, polêmicos e, portanto, inaceitáveis’, escreveu à Agência Efe por mensagem de texto o porta-voz das Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit, sobre os chamados ‘drones’ (zangões).

Anos atrás existia uma cooperação para lançar estes ataques contra alvos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda, porém desde 2011 os ‘drones’ são um motivo de discórdia entre Washington e Islamabad.

‘Não podemos consentir a violação de nossa soberania’, advertiu Basit.

Em conversa com internautas, Obama admitiu pela primeira vez na última segunda-feira o uso de ‘drones’ em ataques a supostos militantes da Al Qaeda e de redes jihadistas presentes nas áreas tribais paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.

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O presidente disse que os aviões não-tripulados ‘não fizeram um grande número de vítimas civis’ e que os ataques são precisos, algo discutido por algumas organizações de direitos humanos.

Os EUA bombardeiam com esses equipamentos áreas do Paquistão e, com menos frequência, outros países com os quais também não está tecnicamente em guerra, como o Iêmen e a Somália.

A postura oficial do Paquistão é que os ataques, mesmo eliminando alvos insurgentes, representam um fracasso estratégico, pois geram ressentimento popular.

Os ‘drones’ são uma das armas mais usadas por Obama na luta antiterrorista: em 2010 foram 118 ataques só no Paquistão, frente a 70 do ano passado, um reflexo das turbulentas relações diplomáticas entre ambos os países.

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Fontes de inteligência paquistanesas e ocidentais consultadas pela Efe acreditam que os ataques são precisos e ao longo dos anos têm se aperfeiçoado.

Organizações de direitos humanos denunciam que eles são feitos aproveitando a brecha na lei e acabam matando civis.

Tais estimativas, no entanto, não podem ser comprovadas porque a imprensa tem pouco acesso às fortificações talibãs paquistanesas, onde os insurgentes enterram os mortos sem que as autoridades possam identificá-los. EFE

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