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Papa Francisco inicia primeira visita de um pontífice a Mianmar

O pontífice deve aproveitar a viagem, que também tem Bangladesh como um dos pontos de parada, para discutir a atual situação dos rohingyas

Por Da redação
27 nov 2017, 09h56
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  • O papa Francisco chegou nesta segunda-feira a Yangun, a antiga capital de Mianmar, na primeira visita de um pontífice a este país asiático. Centenas de fiéis o esperavam nos arredores do terminal aéreo, em meio a um forte esquema de segurança.

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    O pontífice deve aproveitar a viagem, que também tem Bangladesh como um dos pontos de parada, para discutir a atual situação da minoria muçulmana rohingya. A campanha militar contra a etnia, que começou no final de agosto, foi classificada pelo Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU como uma “limpeza étnica” e provocou a fuga de mais de 620.000 pessoas.

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    Ainda nesta segunda-feira o pontífice deve se reunir com o chefe das Forças Armadas de Mianmar, o general Min Aung Hlaing, no arcebispado de Yangun, onde está hospedado. Hlaing é considerado o responsável pela ofensiva contra os rohingyas.

    Há duas semanas, a igreja de Mianmar decidiu em plenário pedir expressamente ao papa que não pronuncie o termo rohingya durante a viagem. Porém, o próprio pontífice, ao fazer um pronunciamento no início do ano denunciando a perseguição ao grupo se referiu à minoria muçulmana pela maneira como ela se identifica.

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    Chegada

    Minorias étnicas com vestimentas tradicionais receberam o pontífice no aeroporto de Yangon, e crianças o presentearam com flores quando ele desceu do avião. Ele acenou por uma janela aberta para dezenas de jovens que portavam bandeiras do Vaticano e de Mianmar usando camisetas com o bordão da viagem – “amor e paz” – quando partiu em um Toyota azul rumo à Catedral de Santa Maria, no centro da cidade.

    Cerca de 700.000 dos 51 milhões de habitantes de Mianmar são católicos. Milhares deles viajaram de trem e ônibus para Yangon e se juntaram a multidões reunidas em vários pontos do trajeto iniciado no aeroporto para ter um vislumbre de Francisco.

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    “Viemos aqui ver o Santo Padre. Acontece uma vez em séculos”, disse Win Min Set, líder comunitário que levou um grupo de 1.800 católicos de Estados do sul e do oeste do país. “Ele é muito esclarecido quando se trata de questões políticas. Vai lidar com a questão com esperteza”, disse, referindo-se à sensibilidade dos debates do papa sobre os rohingyas.

    Muitos policiais do batalhão de choque foram mobilizados na principal cidade da nação, mas não houve sinais de protestos.

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    Na terça-feira, Francisco se reunirá com o presidente birmanês, Htin Kyaw, e com a vencedora do prêmio Nobel da Paz e chefe de fato do Governo, Aung San Suu Kyi, em Naipyidaw, a capital birmanesa. O papa fará também reuniões com representantes budistas e realizará duas missas para a pequena comunidade católica. Em 30 de novembro, voará para Bangladesh, para a segunda etapa de sua viagem.

    O êxodo dos rohingyas do Estado de Rakhine para Bangladesh começou no final de agosto, quando militantes da minoria étnica atacaram postos de segurança e o Exército de Mianmar lançou uma contraofensiva. O país não reconhece os rohingyas como cidadãos ou membros de um grupo étnico distinto com identidade. O Exército é acusado de assassinato, estupro, tortura e deslocamento forçado.

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    (Com EFE)

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