Após negar rumores sobre planos de renúncia em função do seu estado de saúde no início deste mês, o papa Francisco declarou em coletiva de imprensa neste sábado, 30, que vai precisar se preservar para continuar em sua função ou se afastar. No caso de optar pela renúncia, ele afirmou que isso “não é uma catástrofe” e que “o papa pode mudar”.
Ele comentou a situação durante o voo de volta para a Itália depois de visitar o Canadá. “Eu não acredito que vou poder continuar fazendo viagens com o mesmo ritmo de antes. Acredito que, com a minha idade e com esta limitação, tenho de me preservar um pouco para poder servir à Igreja ou para me afastar. Então, todo este tempo, com toda honestidade, não é uma catástrofe. O papa pode mudar. Não há problemas com isso”, afirmou, em vídeo divulgado pela agência de notícias Reuters.
O pontífice de 85 anos sofreu recentemente uma fratura no joelho quando deu um passo em falso, o que teria causado uma inflamação em um dos ligamentos. No ano passado, ele foi submetido a uma cirurgia por causa de um quadro diverticulite, uma inflamação na parede interna intestinal.
Em relação ao problema no joelho, ele disse que, embora o médico que o acompanha tenha dito que se trata de algo sério, não é conveniente passar por um procedimento cirúrgico por causa da anestesia. Ele afirmou ainda que, apesar da idade e das condições de saúde, vai tentar continuar viajando e se mantendo perto das pessoas. Francisco foi eleito em 2013 após a renúncia do então papa Bento XVI.