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Papa é criticado ao dizer que Ucrânia deveria ‘levantar bandeira branca’

Pontífice afirmou que "negociações nunca são uma rendição. É a coragem de não levar um país ao suicídio"

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2024, 11h46 - Publicado em 10 mar 2024, 13h08

O governo da Ucrânia criticou o Papa Francisco, de 87 anos, após ele dizer que o país, em guerra com a Rússia, deveria “ter a coragem de levantar a bandeira branca” para negociar o fim do conflito.

A declaração foi dada em uma entrevista à emissora pública RTS. “Acredito que os mais fortes são aqueles que veem a situação, pensam nas pessoas e têm coragem de levantar a bandeira branca e negociar”, disse. “Essa palavra negociar é uma palavra corajosa. Quando você vê que está derrotado, que as coisas não estão dando certo, ter coragem de negociar.” Ao incluir a guerra Israel-Hamas, Francisco falou ainda: “As negociações nunca são uma rendição. É a coragem de não levar um país ao suicídio.”

“Nossa bandeira é amarela e azul. Esta é a bandeira pela qual vivemos, morremos e prevalecemos. Nunca hastearemos quaisquer outras bandeiras”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nas redes sociais neste domingo, 10.

Políticos europeus também criticaram o pontífice por ele não ter falado sobre os crimes de guerra cometidos pela Rússia e por ter colocado sobre a Ucrânia o ônus da paz. Dennis Radtke, eurodeputado democrata-cristão alemão, chamou de vergonhosa a declaração de Francisco. “A sua posição em relação à Ucrânia reflete mal o seu pontificado. É incompreensível”, postou nas redes sociais. Já o ministro de negócios estrangeiros da Polônia, Radosław Sikorski, escreveu: “Que tal, para equilibrar, encorajar Putin a ter a coragem de retirar o seu exército da Ucrânia? A paz aconteceria imediatamente sem a necessidade de negociações.”

O diretor de comunicações do Vaticano, Matteo Bruni, respondeu às críticas contextualizando a fala do Papa. Bruni afirmou que o termo bandeira branca foi usado “para indicar uma cessação das hostilidades, uma trégua alcançada com a coragem da negociação”.

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