O papa Francisco disse neste sábado, 6, que a Floresta Amazônica sofre com uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro e que o “homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio”.
“A situação da Amazônia é um triste paradigma do que está acontecendo em muitas partes do planeta: uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro à justiça; coloca em evidência a conduta predatória com a qual o homem se relaciona com a natureza. Por favor, não esqueçam que justiça social e ecologia estão profundamente interligadas”, disse Francisco aos participantes do 2º Fórum das Comunidades Laudato que acontece em Amatrice, cidade italiana do Lácio, na mesma região de Roma.
O assunto surgiu quando o papa lembrou do tema do fórum no ano passado: “do plástico que sufoca o planeta”. Segundo a agência de notícias Vatican News, Francisco afirmou que a situação na Amazônia terá repercussões “em nível planetário”.
Além da preservação da floresta por motivos ambientais, Francisco também falou sobre a consequência da retirada de povos indígenas de suas terras nativas. “Prostrou milhares de homens e mulheres roubados do seu território, que se tornaram estrangeiros na própria terra, retirados da própria cultura e das próprias tradições, quebrando o equilíbrio milenar que unia aqueles povos à sua terra. O homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio: o grito dos pobres deve ressoar da sua boca”, afirmou o pontífice.
(Com Estadão Conteúdo)