A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) apresentará nesta quarta-feira à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um pedido para que a Palestina seja admitida como estado de pleno direito. O pedido na Unesco ocorre quase duas semanas depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, pedir o reconhecimento do estado da Palestina ao Conselho de Segurança da ONU, enfrentando a oposição de Estados Unidos, Israel e alguns estados europeus.
Entenda o caso
- • Diante do fracasso do acordo de paz com Israel, a Autoridade Nacional Palestina decidiu propor à Assembleia Geral da ONU votação a favor da criação de um estado palestino nas fronteiras antes de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital.
- • As negociações de paz entre israelenses e palestinos chegaram a ensaiar um retorno, por intermédio dos Estados Unidos, que defendem que só é possível criar um estado palestino realmente significativo a partir da retomada do diálogo – empacado diante da recusa israelense de parar assentamentos judeus em territórios palestinos ocupados.
O pedido será entregue à Secretaria-Geral da Unesco, cujo Conselho Executivo, formado por 58 países dos 193 estados-membros, realiza uma reunião em Paris. “Apresentaremos hoje a proposta, e temos garantias de que seremos admitidos”, disse Mohammed Odeh, membro da Comissão de Exteriores do movimento Fatah, que compõe a OLP.
Odeh explicou que o mecanismo de admissão estabelece uma maioria de 50 por cento mais um dos votos, e que a “Palestina não terá problemas em ser admitida”. “Já quase temos a resposta positiva”, destacou sobre a possível admissão da Palestina na Unesco, organização na qual é considerada como “observador”. A solicitação faz parte dos esforços para obter da comunidade internacional o reconhecimento da Palestina como um estado de pleno direito na ONU.
(Com agência EFE)