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Oposição rechaça tentativa do governo de adiar primárias na Venezuela

Comissão Nacional das Primárias confirmou que pleito ocorrerá em 22 de outubro; órgão controlado pelo chavismo queria que votação fosse um mês depois

Por Da Redação
2 out 2023, 18h20

A oposição da Venezuela rejeitou nesta segunda-feira, 2, a proposta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de adiar em quase um mês as eleições primárias, responsáveis por definir o candidato que competirá contra o presidente do país, Nicolás Maduro, nas eleições de 2024. O posicionamento foi emitido através de um comunicado da Comissão Nacional Primária (CNP), que ressaltou que é preciso “manter a data devido ao seu significado e relevância para o sucesso do processo”.

A CNP, encarregada de organizar as eleições internas da oposição, informou que foram realizadas múltiplas reuniões de consulta para analisar a sugestão do CNE, controlado pelo chavismo. O órgão concluiu, então, que as primárias “estão agora na sua fase final, com um calendário próximo de culminar com a realização das eleições no dia 22 de outubro” e que a disputa deve seguir “conforme configurado” previamente.

As autoridades eleitorais procuravam alterar a data para 19 de novembro, sob a justificativa de que somente assim poderiam prestar a assistência técnica adequada para a organização das primárias. A CNP, no entanto, contestou as justificativas e afirmou que a CNE “deixou de responder” aos pedidos de auxílio, enviados à entidade em 5 de junho, após uma demissão em massa do Conselho Administrativo da instituição.

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No documento emitido nesta segunda-feira, a CNP solicitou que cerca de 400 centros de votação, além dos 3.010 já existentes, sejam habilitados para facilitar o acesso às urnas, e reitera que os ministérios do Interior e da Defesa precisam elaborar um plano de segurança para o dia das primárias. Os organizadores também exigiram que correspondentes internacionais e peritos participem do processo eleitoral.

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“Se a CNE aceitar estes pedidos, estaria colaborando com as primárias como iniciativa cidadã e democrática, naquilo que nesta altura do processo pode ser benéfico para o seu desenvolvimento e concretização, em benefício da participação política”, conclui a carta.

Favorita nas pesquisas, María Corina Machado (do partido Vamos Venezuela) reforçou o coro à CNP e destacou que a instituição “tem sido muito clara” no planejamento da disputa entre os 12 candidatos de oposição. Ela argumentou que o processo eleitoral “já avançou, muitas pessoas já foram treinadas, o material já está pronto” e que, por isso, “não há mais volta” para a data.

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Machado defendeu que o apoio do CNE poderia ser positivo ampliar do número de centros de votação. A candidata disse esperar que, apesar da censura dos meios de comunicação e da “evidente assimetria” entre as forças chavistas e a oposição, seja possível contornar os obstáculos através da democracia.

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“Será um exercício maravilhoso em condições extremas. Aqui não temos nem numa democracia deficiente, estamos na presença de uma tirania (…) que procura, a qualquer custo, impedir que o processo [eleitoral] aconteça”, declarou a pré-candidata à Presidência.

A candidatura de María Corina foi desqualificada em junho pelo regime chavista, que anunciou sua inelegibilidade a cargos públicos pelos próximos 15 anos. Na ocasião, ela afirmou que a decisão “só mostra que o regime sabe que já está derrotado” e quem decide “é o povo da Venezuela”.

“Esta irritante desqualificação é, claramente, uma decisão política do regime, porque todos sabem que isto não tem base legal. Então, temos que tratá-la como tal e, no final, confrontá-la com a força política”, acrescentou ela em entrevista à agência de notícias EFE.

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