Oposição e chavismo medem forças nas ruas da Venezuela
Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro organizam o que promete ser uma das maiores manifestações do país
Por Da redação
Atualizado em 19 abr 2017, 13h43 - Publicado em 19 abr 2017, 13h10
Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de um protesto em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Juan Barreto/AFP)
1/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
2/19 Mulher atingida por gás lacrimogêneo disparado pela polícia é carregada por outros manifestantes durante uma marcha contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
3/19 Manifestantes tentam derrubar uma cerca na base aérea de La Carlota durante uma manifestação contra o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Juan Barreto/AFP)
4/19 Manifestante ferido é ajudado por outro após confronto com a polícia durante a chamada 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
5/19 Manifestante de oposição bloqueia a passagem de um carro blindado durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas - 19/04/2017 (Marco Bello/Reuters)
6/19 Manifestantes de oposição marcham contra o governo do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Becerra/AFP)
7/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Becerra/AFP)
8/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Christian Veron/Reuters)
9/19 Manifestante prega desobediência civil durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
10/19 Manifestante arremessa uma granada de gás lacrimogêneo contra a polícia durante protesto de oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
11/19 Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de um protesto em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Juan Barreto/AFP)
12/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
13/19 Manifestantes queimam um boneco representando o presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto de opositores em Caracas - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
14/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
15/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
16/19 Polícia antimotim forma bloqueio durante manifestações pró e contra Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
17/19 Polícia antimotim forma bloqueio durante manifestações pró e contra Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
18/19 Apoiadores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcham em resposta aos opositores no centro de Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
19/19 Apoiadores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcham em resposta aos opositores no centro de Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro já tomam as ruas de Caracas no que promete ser uma das maiores manifestações do país. Os protestos desta quarta marcam a sexta jornada de marchas em menos de três semanas na Venezuela.
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A oposição pretende organizar o que estão chamando de “a mãe de todas as marchas” ou “a maior expressão de protesto que este governo já sentiu desde que está no poder”. Os manifestantes espalhados por todo o país exigem que o governo apresente um cronograma para as eleições, que suspenda a repressão contra as manifestações e que respeite a autonomia da Assembleia Nacional, liderada pela oposição.
Para os opositores, o plano de segurança “busca intimidar” a população. “Esse é um governo em sua fase terminal”, disse à Reuters o duas vezes candidato presidencial Henrique Capriles, na noite de terça-feira. “Isso vai se intensificar e forçar Maduro, e seu regime, a realizar eleições democráticas e livres”.
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Maduro também convocou simpatizantes do governista Partido Socialista a realizar uma manifestação concorrente na capital Caracas, em comemoração ao feriado de 19 de abril, que marca o primeiro ato da independência do país.
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Os protestos
Desde as primeiras horas do dia, simpatizantes do governo e da oposição já começaram a se concentrar em diferentes partes de Caracas, que tem várias ruas e acessos fechados e muitos militares nas ruas.
Os confrontos entre manifestantes contrários ao governo de Maduro e a Guarda Nacional Venezuelana (GNB) também começaram cedo. Vídeos e fotos postados nas redes sociais mostram os oficiais usando bombas de gás contra os protestantes.
Os opositores pretendem chegar ao coração da cidade, mas Maduro advertiu que os chavistas tomarão as ruas e que os opositores não poderão entrar nesta área da capital. “Se a direita quer marchar, que o faça no leste”, disse.
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Policiais e militares bloquearam o percurso em passeatas anteriores e as ruas de Caracas foram cenário de confrontos com manifestantes encapuzados, que lançaram pedras e coquetéis molotov, em meio a nuvens de gás lacrimogêneo. O governo acusa a oposição de “terrorismo”, enquanto os opositores acusam as forças de segurança de repressão e torturas. A onda de protestos já deixou sete mortos, dezenas de feridos e mais de 300 detidos.
Reação internacional
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Preocupados com a repetição da violência de outros protestos, 11 países da América Latina pediram ao governo chavista “garantias” ao direito de protesto pacífico. O governo do presidente americano Donald Trump fez uma dura advertência aos funcionários públicos venezuelanos para que desistam da repressão.
O ministério das Relações Exteriores chamou os avisos de “interferência grosseira”. “Estamos enfrentando uma arremetida internacional (…) Os Estados Unidos deram luz verde e aprovação para um processo golpista de escalada para a intervenção de Venezuela”, reagiu Maduro.
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