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ONU vai investigar violações de direitos humanos nos protestos do Chile

Seis dias de protestos resultam em 18 mortos, 535 feridos e 2.410 detidos; Michelle Bachelet levanta suspeita sobre liberdades fundamentais descumpridas

Por Da Redação
24 out 2019, 19h44

O Chile enfrenta um novo dia de manifestações nesta quinta-feira, 24. Depois de quase uma semana de tumultos e das 18 mortes registradas, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, anunciou o envio de uma missão de verificação ao país para investigar possíveis violações às liberdades fundamentais pelas forças de segurança de Sebastián Piñera, seu sucessor na Presidência chilena.

Um relatório recente do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) também relata que 535 pessoas ficaram feridas – 239 delas por armas de fogo – e 2.410 foram detidas durante as manifestações.

Durante a noite, no quinto dia de toque de recolher, a situação na periferia de Santiago ainda estava tensa, com saques e incêndios, mas os tumultos se acalmaram no centro da capital. Havia sido convocado um segundo dia de paralisação, mas, pela manhã, mo movimento foi esvaziado no centro de Santiago, e o comércio abriu timidamente as portas.

Nesta quinta, o presidente anunciou um plano para acabar com o toque de recolher aplicado, por cinco dias consecutivos em várias regiões do país desde que a crise social teve início, na semana passada. Em Santiago, o toque de recolher foi reduzido para seis horas, das 22h às 4h.

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O estado de emergência foi decretado no sábado 19, após um violento dia de protestos contra o aumento do preço do bilhete do metrô, com saques em supermercados e empresas, além de queima de várias estações de metrô. Cinco dias depois, algumas linhas voltaram a funcionar parcialmente sob guarda de militares, e muitos dos sete milhões de habitantes de Santiago tentaram retornar à normalidade.

Apesar de Piñera ter pedido “perdão” pela  “falta de visão” de seu governo e anunciado uma série de medidas econômicas para desonerar os mais pobres dos impostos, a população permanece nas ruas em busca de uma reforma profunda do sistema econômico.

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Na terça-feira 22, o governo prometeu uma melhoria nas pensões dos mais pobres, a suspensão de um aumento de 9,2% nas contas de luz, um aumento no salário mínimo, mais impostos para aqueles com renda mais alta e uma diminuição nos gastos parlamentares e altos salários públicos.

O anúncio parece não ter tido o efeito desejado. As manifestações se tornaram um movimento muito maior, heterogêneo e sem liderança identificável, o que coloca outras demandas sobre a mesa, principalmente um aumento nas pensões muito baixas no sistema privado, que permanece como uma herança da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

(Com AFP e EFE)

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