ONU pede 7,7 bilhões de dólares para ajuda humanitária
Maior parte dos recursos é para combater fome na África; em todo o mundo são 51 milhões de pessoas em 16 países enfrentando situações de emergência
A Organização das Nações Unidas precisa de 7,7 bilhões de dólares em 2012 para fornecer ajuda humanitária a 51 milhões pessoas em 16 países diferentes, afirmou nesta quarta-feira Valerie Amos, chefe do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês). A maior parte dos recursos é para vítimas da fome e da seca na África.
Outros fatores, porém, também causam ou agravam situações de emergência ao redor do mundo, como as mudanças climáticas, crises econômicas ou políticas, urbanização descontrolada, falta de segurança alimentar e de acesso à água, migrações e rápido crescimento demográfico nas cidades, disse Amos.
“O principal motivo deste chamado é garantir que o auxílio chegue a tempo e de modo eficaz”, acrescentou a coordenadora de ajuda humanitária da ONU em uma coletiva de imprensa convocada para anunciar o início de uma campanha para arrecadar fundos.
De acordo com as Nações Unidas, os 16 países onde a ajuda humanitária é emergencial são Afeganistão, República Centro-Africana, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Haiti, Quênia, Níger, Filipinas, Sudão do Sul, Somália, Sudão, Iêmen, Zimbábue e os territórios ocupados da Palestina.
Na Somália, de acordo com o OCHA, 10 milhões de pessoas têm necessidades urgentes, o que levou as Nações Unidas a calcular a ajuda ao país em 1,5 bilhão de dólares, valor 52% maior do que o recomendado este ano. Outros países também tiveram seu orçamento humanitário reajustado, caso do Iêmen (54%) e Djibuti (139%). É no Chifre da África, onde está localizado este último país, que a ONU considera a situação mais grave. A região tem 4 milhões de vítimas da fome que precisam de ajuda com urgência.
Para 2011, as Nações Unidas calcularam em 7,4 bilhões de dólares o valor da ajuda humanitária em todo o mundo, mas o valor foi revisto para 7,9 bilhões no mês de julho. Nos últimos anos, a organização conseguiu arrecadar em torno de metade do valor proposto.
(Com agência France-Presse)