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ONU mantém suspensa missão na Síria

O líder das operações de paz das Nações Unidas, Hervé Ladsous, declarou nesta terça-feira que as condições não foram atendidas para uma retomada das atividades dos observadores da ONU na Síria. Essas atividades estão suspensas desde 16 de junho devido à contínua violência, embora a missão de supervisão da ONU (UNSMIS) tenha continuado no terreno. […]

Por Da Redação
26 jun 2012, 17h29
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  • O líder das operações de paz das Nações Unidas, Hervé Ladsous, declarou nesta terça-feira que as condições não foram atendidas para uma retomada das atividades dos observadores da ONU na Síria.

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    Essas atividades estão suspensas desde 16 de junho devido à contínua violência, embora a missão de supervisão da ONU (UNSMIS) tenha continuado no terreno. Ladsous, que falou nesta terça ao Conselho de Segurança, apontou que os civis estão cada vez mais em risco na Síria e que as operações militares de ambos os lados continuam.

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    “As condições não são favoráveis à retomada das operações”, afirmou, segundo relato dos diplomatas. Para Ladsous, “quanto mais a violência continua, mais difícil fica para a UNSMIS retomar suas operações”.

    Ele afirmou ainda que os cerca de 300 observadores militares desarmados manterão seus esforços para ajudar as organizações humanitárias que tentam trazer alívio para a população.

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    Mas enfatizou que Damasco recusa a autorizar a UNSMIS a utilizar telefones via satélite, indispensáveis para a missão. O governo sírio também negou aos observadores o direito de usar seus próprios helicópteros.

    O chefe dos observadores, general Robert Mood, anunciou em 16 de junho a suspensão da missão em razão da “intensificação da violência”. Os observadores pararam com as patrulhas e restringiram os contatos com os protagonistas do conflito.

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    A missão da ONU foi mobilizada em abril para supervisionar o cessar-fogo estabelecido pelo plano de paz do emissário internacional Kofi Annan, mas que em momento algum foi respeitado. Em várias oportunidades, os observadores foram impedidos de visitar algumas regiões e seus veículos foram alvos de ataques.

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    Nasser al-Qidwa, adjunto de Kofi Annan, que também falou ao Conselho de Segurança por videoconferência nesta terça-feira, ressaltou que não há, por enquanto, “um diálogo político” na Síria. Segundo ele, ao contrário, há uma militarização crescente da violência, indicaram os diplomatas.

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    Para Al-Qidwa, as perspectivas de solução política serão “um elemento-chave” na decisão que deve ser tomada pelo Conselho de renovar ou não o mandato da MISNUS, que expira em 20 de julho.

    A ONU analisa várias opções, a mais provável, segundo os diplomatas, é a de diminuir a missão para um escritório de ligação com os civis.

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    Referindo-se à reunião de sábado, em Genebra, para a criação de um novo grupo de contato internacional sobre a Síria, Al-Qidwa considerou que este grupo deve entrar em acordo sobre as “orientações para uma transição política” e não se contentar em ser apenas um “fórum de discussão”.

    Mas, de acordo com diplomatas na ONU, ainda não há consenso sobre essa transição, nem mesmo sobre a composição do novo grupo, apenas que deve acontecer no nível dos ministros das Relações Exteriores.

    A reunião em Genebra deverá reunir os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha), assim como Estados da região que têm uma influência sobre os protagonistas na Síria.

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    O embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, disse nesta terça-feira que o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, concordou em participar. “Espero que os outros participantes previstos estejam presentes e que (a reunião) dê um forte impulso para os esforços políticos para pôr fim ao conflito na Síria”, insistiu.

    Serguei Lavrov declarou ainda, durante uma visita a Jordânia, que o Irã deve ser convidado a participar desta reunião.

    “Nós acreditamos que o Irã deve ser convidado. Isto realmente deve acontecer”, declarou Lavrov à imprensa, após um encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e o rei Abdallah II da Jordânia.

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    Lavrov acrescentou que as discussões da reunião de sábado serão menos produtivas sem a participação iraniana.

    Se o Irã não for convidado, “então todos que podem realmente influenciar todas as principais partes sírias não estarão presentes”, insistiu.

    Ele deixou a entender que ainda existe a chance do Irã ser convidado: “Há um acordo entre os organizadores mais ativos da conferência”.

    Sexta-feira, Annan desejou a participação iraniana nas discussões.

    No início de junho, Lavrov já havia considerado “irresponsável” a posição de querer excluir o Irã de uma conferência internacional sobre a Síria. Paris, Washington e Londres haviam de fato se recusado a envolver o Irã em tal conferência.

    A Organização das Nações Unidas em Genebra ainda não recebeu a confirmação dessa reunião.

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