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ONU: Humanidade enfrenta ‘suicídio coletivo’ devido à crise climática

Enquanto países da Europa à Ásia vivem ondas de calor extremo, António Guterres diz que 'metade da humanidade está em zona de perigo'

Por Amanda Péchy
18 jul 2022, 08h58
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  • O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta segunda-feira, 18, que a a humanidade está enfrentando um “suicídio coletivo” devido à crise climática, como mostram os incêndios florestais e ondas de calor que causam estragos em países da Europa à Ásia.

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    Em uma reunião para discutir as mudanças climáticas com ministros de 40 países, conhecida como Diálogo Climático de Petersberg, Guterres afirmou: “Metade da humanidade está na zona de perigo, de inundações, secas, tempestades extremas e incêndios florestais. Nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar nosso vício em combustíveis fósseis.”

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    “Nós temos uma escolha. Ação coletiva ou suicídio coletivo. Está em nossas mãos”, acrescentou.

    Na Europa e na América do Norte, incêndios florestais eclodiram durante todo o fim de semana. Na América do Sul, o sítio arqueológico de Machu Picchu foi ameaçado pelo fogo. Temperaturas bateram recordes em todo o mundo nos últimos meses, com ondas de calor se espalhando na Índia e no sul da Ásia. Secas devastaram partes da África e ondas de calor sem precedentes de norte a sul surpreenderam cientistas.

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    + Incêndios florestais queimam mais de 1.700 hectares na França

    No Reino Unido, um alerta de calor extremo foi emitido com as temperaturas mais altas já registradas no país. Espera-se que, nesta segunda-feira, termômetros marquem mais de 40°C pela primeira vez na história britânica.

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    A reunião do Diálogo Climático de Petersberg, convocada anualmente nos últimos 13 anos pelo governo alemão, marca uma das últimas oportunidades para as 40 nações envolvidas chegarem a um acordo antes da COP27 no Egito em novembro.

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    Nos últimos meses, o otimismo em relação à COP27 diminuiu consideravelmente, à medida que os aumentos dos preços da energia e dos alimentos envolveram os governos em uma crise inflacionária do custo de vida, provocada em parte pelo surgimento gradual da pandemia de Covid-19 e exacerbada pela guerra na Ucrânia.

    Na Cop26, os países concordaram em limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, mas os compromissos assumidos ainda são inadequados para atingir a meta. Todos os países concordaram em apresentar este ano planos nacionais aprimorados para cortar as emissões de gases de efeito estufa, conhecidos como contribuições determinadas nacionalmente (NDCs).

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    Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do Egito e presidente da COP27, participará das negociações de Berlim nesta semana, mas sua presença será ofuscada por preocupações com a NDC recentemente apresentada pelo Egito. O plano decepcionou muitos observadores, que esperavam mais ambição, para dar o exemplo a outras economias emergentes.

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    Guterres também criticou duramente os “bancos multilaterais de desenvolvimento”, instituições como o Banco Mundial que são financiadas pelos contribuintes do mundo rico para prestar assistência aos países pobres.

    + Por que está tão quente na Europa – e quais são os perigos disso?

    Ele disse que eles não eram adequados para fornecer o financiamento necessário para a crise climática e que deveriam ser reformados.

    “Como acionistas de bancos multilaterais de desenvolvimento, os países desenvolvidos devem exigir a entrega imediata dos investimentos e assistência necessários para expandir as energias renováveis ​​e construir a resiliência climática nos países em desenvolvimento”, afirmou.

    “Exija que esses bancos se tornem adequados. Exija que eles mudem suas estruturas e políticas cansadas para assumir mais riscos. Vamos mostrar aos países em desenvolvimento que eles podem confiar em seus parceiros.”

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