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ONU condena Israel por resposta em Gaza e pede proteção para palestinos

Estados Unidos denunciam que resolução aprovada é "totalmente parcial" e não ajuda em nada no avanço para a paz no Oriente Médio

Por Da Redação
13 jun 2018, 21h27

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (13) uma resolução que condena a resposta de Israel aos recentes protestos em Gaza e pede proteção internacional à população palestina.

O texto, impulsionado pelos países árabes, recebeu o apoio de 120 Estados membros, enquanto oito votaram contra e 45 se abstiveram.

Mais de 100 palestinos morreram nos protestos da chamada Grande Marcha do Retorno, que começou no último dia 30 de março e reivindica o direito ao retorno dos refugiados palestinos.

Minutos antes, a Assembleia Geral tinha rejeitado por uma pequena margem uma emenda dos Estados Unidos que condenava o Hamas por “lançar repetidamente foguetes contra Israel e por incitar à violência ao longo da cerca fronteiriça (de Gaza), pondo os civis em perigo”.

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A emenda americana recebeu mais votos a favor do que contra, mas não obteve a maioria de dois terços necessária nestes casos para que pudesse ser aprovada.

A situação, inesperada, causou confusão na Assembleia Geral, pois a delegação americana defendia que a maioria simples era suficiente, uma postura que acabou sendo derrotada em outra acirrada votação.

Dezenas de países que apoiaram a resolução árabe também se posicionaram a favor da proposta americana para incluir também o Hamas no texto.

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Ao contrário das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, as da Assembleia Geral não são vinculativas e têm muito menos peso.

O texto chegou a este órgão após os Estados Unidos vetarem no dia 1º de junho outro similar no Conselho, o que levou os países árabes a recorrerem à Assembleia, onde nenhum Estado tem direito de veto.

A resolução aprovada hoje solicita ao chefe da ONU, António Guterres, que apresente propostas sobre possíveis fórmulas para garantir a segurança dos civis palestinos que vivem sob a ocupação israelense e, concretamente, sobre “um mecanismo de proteção internacional”.

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A priori, no entanto, a maior parte das ações nesse âmbito precisaria de um mandato do Conselho de Segurança, por isso os Estados Unidos poderiam bloqueá-las.

“Precisamos de ação. Precisamos de proteção da nossa população civil”, defendeu antes da votação o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour.

A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, denunciou hoje que a resolução é “totalmente parcial” e não ajuda em nada no avanço para a paz no Oriente Médio.

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“Esta resolução exime completamente de responsabilidades o Hamas pelos recentes distúrbios. Culpa Israel por tudo, mas os fatos contam uma história diferente”, afirmou Nikki.

Por sua vez, o representante israelense, Danny Danon, disse que a resolução representa “um selo de aprovação para o terrorismo” e respalda o Hamas.

(Com EFE)

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