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Onda de violência na Nigéria deixa ao menos 36 mortos

Trinta e seis pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas em atentados praticados neste domingo contra cinco igrejas do estado de Kaduna (norte da Nigéria) e em violentas manifestações de cristãos realizadas depois do ataque, informou uma autoridade da Agência Nacional de Situações de Emergência (NEMA). Segundo a polícia, 16 pessoas foram mortas em […]

Por Da Redação
17 jun 2012, 18h26
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  • Trinta e seis pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas em atentados praticados neste domingo contra cinco igrejas do estado de Kaduna (norte da Nigéria) e em violentas manifestações de cristãos realizadas depois do ataque, informou uma autoridade da Agência Nacional de Situações de Emergência (NEMA).

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    Segundo a polícia, 16 pessoas foram mortas em explosões em três igrejas. Além disso, um membro da Cruz Vermelha na cidade de Kaduna indicou que os serviços de emergência tinham conseguido “recuperar até o momento os corpos de 20 pessoas” mortas em tumultos, em grande parte queimadas.

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    Foram cinco atentados a bomba pela manhã, incluindo um suicida. Ao todo, atingiram igrejas cristãs de Zaria e em Kaduna, as duas principais cidades do estado de Kaduna, em uma região regularmente sacudida pela violência atribuída ao grupo islamita Boko Haram. Um cessar-fogo de 24 horas foi imediatamente decretado no estado pelas autoridades locais. “Atentados suicidas atingiram igrejas nos bairros de Wusasa e Sabongari, de Zaria, assim como o bairro de Trikania, em Kaduna”, informou um porta-voz da polícia do Estado, Aminu Lawan.

    Outros dois ataques atingiram, em seguida, duas igrejas de Kaduna, nos bairros de Nassarawa e Barnawa, no sul da cidade, segundo um porta-voz da NEMA, Aliyu Mohammed. Em Zaria, as explosões atingiram a catedral católica de Cristo Rei e a igreja evangélica da Boa Nova. Em Kaduna, a igreja de Sharon ficou bastante danificada, nas áreas do sul da cidade de maioria cristã.

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    Autoria – Os ataques não foram reivindicados, mas o grupo islamita Boko Haram, autor de diversos atentados tendo como alvo os cristãos, havia declarado recentemente que manteria os ataques a igrejas. Um fiel do bairro de Wusasa, em Zaria, disse que “muitas pessoas na igreja tinham ficado feridas”. Em Sabongari, na mesma cidade, um morador contou que a igreja tinha ficado seriamente danificada. Outro morador afirmou que viu de longe “corpos aparentemente sem vida sendo retirados da igreja”.

    Multidões de cristãos revoltados saíram às ruas para se vingar dos muçulmanos em uma área majoritariamente cristã da cidade de Kaduna, capital do estado de mesmo nome. Compostos essencialmente de jovens cristãos, os grupos montaram barricadas em uma grande estrada em direção à capital federal Abuja, principalmente nas localidades de Trijania, Gonin Gora e Sabon Tasha, parando carros e separando os muçulmanos. Um correspondente da AFP viu dois corpos de pessoas linchadas.

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    No domingo passado, atentados reivindicados pelos islamitas do Boko Haram tinham atingido duas igrejas do centro e do nordeste da Nigéria, deixando quatro mortos, incluindo um terrorista suicida, e cerca de cinquenta feridos. Um porta-voz dos islamitas havia declarado que esses ataques tinham como objetivo mostrar que o grupo permanece ativo, apesar das operações de repressão das forças de segurança.

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    “O Estado nigeriano e os cristãos são nossos inimigos e lançaremos ataques contra o Estado e seu aparato de segurança, assim como contra as igrejas até que atinjamos o nosso objetivo de formar um Estado islâmico no lugar do Estado laico”, disse.

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    Divisão – O Boko Haram intensifica desde meados de 2009 os atentados, principalmente nas cidades do norte, de maioria muçulmana, que deixaram mais mil mortos. Esses ataques têm como alvo principalmente membros das forças de segurança, autoridades do governo e locais de culto cristãos. A Nigéria, país da África com cerca de 160 milhões de habitantes, está dividido entre um norte majoritariamente muçulmano e um sul cristão mais rico, graças ao petróleo.

    (Com AFP)

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