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OMS condena guerra na Ucrânia e Brasil se abstém

Representação brasileira no órgão rejeitou tanto a proposta liderada por países ocidentais quanto o parecer de Moscou

Por Da Redação
Atualizado em 24 Maio 2023, 12h09 - Publicado em 24 Maio 2023, 11h39

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se absteve durante uma votação para condenar a agressão russa contra a Ucrânia na assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 24.

A assembleia aprovou uma moção condenando ataques da Rússia a instalações de saúde. A moção aprovada por 80 votos a 9, com 52 abstenções e 36 países ausentes, também pedia uma avaliação do impacto da invasão russa no território ucraniano no setor de saúde.

O Brasil tampouco votou favoravelmente a um texto proposto pelo Kremlin. Moscou apresentou uma contraproposta reconhecendo a emergência de Saúde na Ucrânia, mas sem qualquer menção ao seu próprio papel na guerra. Ela foi rejeitada imediatamente pela assembleia, por 62 votos a 13, com 61 abstenções e 41 países ausentes.

Após o voto, a delegação do Brasil na OMS pediu a palavra para explicar a postura do país.

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“Não acreditamos que nenhuma dessas propostas vão contribuir para reduzir os níveis de violência contra profissionais de saúde ou reduzir os danos às instalações de saúde da Ucrânia”, disse. “Temos dúvidas de que vão melhorar o acesso à saúde para as populações afetadas”, completou.

Após a votação, o representante russo na OMS afirmou não ser contra o trabalho da agência na Ucrânia, e sim contra a “politização” do órgão.

O gesto brasileiro ocorre enquanto algumas potências ocidentais questionam as tentativas de neutralidade do governo Lula, bem como a possibilidade política de atuar como mediador na resolução do conflito.

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O Palácio do Planalto tem sido mais claro na condenação da violação da integridade territorial da Ucrânia, mas é contra um isolamento completo de Moscou.

+ Rússia sofre ataques de drones e responsabiliza ‘militantes ucranianos’

O representante da Ucrânia disse que a votação foi um “sinal de esperança” para seus cidadãos que precisam de assistência médica e um marco na continuação do trabalho da OMS no país. Na reunião, as tensões aumentaram e durante os discursos críticos à Rússia, o enviado de Moscou interrompeu com pontos de ordem.

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