A organização científica União Internacional para a Conservação da Natureza concluiu que a perda de oxigênio nos oceanos atingiu níveis sem precedentes e que pelo menos 700 áreas passaram a ser classificadas como “zonas mortas”. A conclusão dessas pesquisas foi apresentada neste sábado, 7, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-25), em Madri.
Nos anos 1960, os pesquisadores registravam a presença de 45 zonas mortas, o que representa um aumento de 400% em meio século. Os oceanos devem perder de 3% a 4% do exigênio que armazenas até o final do século.
De acordo com o jornal The Guardian, a diretora-executiva da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), Grethel Aguilar, defendeu que a questão esteja entre as prioridades nas discussões da COP-25. A situação impõe riscos a todas as espécies marinhas, particularmente para as de grande porte, e já interfere na pesca e na sobrevivência de comunidades costeiras.
“Na medida que os oceanos aquecidos perdem oxigênio, o delicado equilíbrio da vida marinha entra em colapso”, disse Aguilar.
O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) também alertou para o fato de os oceanos estarem 26% mais ácidos, por causa da absorção de quantidades maiores de gás carbônico, além de submetidos a poluentes – especialmente aos resíduos plásticos – e a uma exploração pesqueira acima do recomendável.