O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai se reunir nesta terça-feira, em Seul, com o primeiro-ministro do Paquistão, Yusuf Raza Gilani, anunciou nesta sexta-feira a Casa Branca, no momento em que as relações entre ambos os países aliados permanecem tensas.
Obama espera para a ocasião, após a cúpula sobre segurança nuclear que será realizada na segunda e na terça-feira na capital sul-coreana, “analisar os esforços destinados a apoiar o processo de reconciliação” no Afeganistão, informou o porta-voz da Presidência americana, Jay Carney, em comunicado.
O encontro acontece logo depois de uma comissão representativa do Parlamento do Paquistão ter solicitado um pedido de desculpas de Washington pelo ataque com seus aviões e helicópteros provenientes do Afeganistão que deixou 24 soldados paquistaneses mortos, num campo perto da fronteira, no dia 26 de novembro de 2011.
O governo paquistanês já havia protestado com veemência contra essa incursão, fechando, logo em seguida, a via de acesso terrestre para comboios de abastecimento da força da Otan (ISaf) no Afeganistão.
Os dois países aliados na guerra contra o terrorismo desde o final de 2001 empreenderam investigações em separado sobre esse bombardeio: o Paquistão concluiu que se tratou, exclusivamente, de um erro americano, enquanto Washington considera que as falhas foram compartilhadas.
De qualquer forma, a tragédia de 26 de novembro, assim como a operação de um comando americano, que ingressou clandestinamente no Paquistão no dia 2 de maio passado para matar Osama bin Laden, esfriaram consideravelmente as relações entre os dois países.