O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que o Irã escolheu o isolamento no cenário internacional, logo após seu governo anunciar novas sanções econômicas contra a República Islâmica em razão do programa nuclear iraniano.
“Depois da minha posse, disse claramente que os Estados Unidos estavam prontos para iniciar um novo capítulo com a República Islâmica do Irã, oferecendo ao governo iraniano uma oportunidade clara: eles poderiam cumprir com suas obrigações internacionais (…) ou ignorá-las, mas o Irã escolheu o caminho do isolamento internacional”, disse Obama em um comunicado.
“Na medida em que o Irã segue por este perigoso caminho, os Estados Unidos continuarão buscando formas, tanto de acordo com os nossos sócios como através de nossas próprias ações, para isolar e aumentar a pressão sobre o regime iraniano”.
Os Estados Unidos anunciaram hoje que endurecerão suas sanções contra pessoas e empresas que deem ajuda material ou técnica aos setores petroleiro e petroquímico do Irã.
A Casa Branca destacou que o Irã é “fonte de grande preocupação em matéria de lavagem” de dinheiro, advertindo para os “riscos” a que se expõem os bancos do mundo que negociam com Teerã.
O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o “Irã é uma fonte de grande preocupação em matéria de lavagem de dinheiro”, o que abre caminho para sanções contra empresas e bancos estrangeiros que negociam com aquele país, e advertiu que todos devem “refletir seriamente sobre os riscos”.
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, anunciou hoje que seu país suspendeu os contatos com os bancos iranianos devido ao programa de armas nucleares de Teerã.
“O governo britânico acaba de anunciar novas sanções contra o Irã. Cessamos com todos os contatos entre o sistema financeiro britânico e o sistema bancário iraniano”, declarou Osborne.
Mais países devem anunciar sanções contra o Irã nos próximos dias, revelou a secretária de Estado, Hillary Clinton, após novas medidas adotadas por Grã-Bretanha e França.
“Esperamos sanções adicionais de outros sócios internacionais nos próximos dias”, disse Clinton ao destacar “um significativo aumento da pressão contra o Irã, suas fontes de renda e suas atividades ilegais”.