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Obama e Romney envolvidos em retórica migratória para conquistar voto hispânico

Por Por Paula Bustamante
23 jun 2012, 10h46

A menos de cinco meses das eleições nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e seu rival republicano Mitt Romney estão envolvidos em um debate sobre a reforma migratória de difícil solução, mas atrativo para captar o voto hispânico.

“A presença dos dois candidatos em um fórum latino como o NALEO nesta semana demonstram quão chave é a comunidade latina para chegar à presidência dos Estados Unidos”, disse à AFP Arturo Vargas, diretor-executivo da Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Designados (NALEO), que realizou nesta semana sua convenção anual.

Devido à ordem anunciada na semana passada pelo presidente Obama de suspender de forma temporária e sob certas condições a deportação de jovens que chegaram ao país com menos de 16 anos e que hoje possuem menos de 30 – o que poderia beneficiar cerca de 800 mil pessoas -, a promessa de uma reforma migratória vinda de ambos os candidatos voltou a surgir como tema de campanha.

No entanto, “o que é claro é que não sabemos quais são as diferenças entre os planos de reforma migratória que os rivais e a presidência mencionam”, disse, por sua vez, Max Sevillian, diretor de assuntos políticos e legislativos do NALEO.

Romney revelou na quinta-feira uma oferta de reforma migratória que deixou mais perguntas do que respostas entre o público e os analistas, que estabelece facilitar o caminho à residência, melhorar o sistema para permitir a entrada de trabalhadores agrícolas e completar um muro com alta tecnologia nos mais de 3.000 km de fronteira com o México.

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No entanto, o ex-governador de Massachussetts não indicou o que faria para legalizar os 11,5 milhões de imigrantes ilegais que já vivem no país, e que destino teriam os jovens estudantes ilegais que lutam pelo chamado Dream Act, que abriria caminho para sua legalização no país.

“Seu palestrante de ontem prometeu que vetaria o Dream Act, e nós temos que lembrar de suas palavras”, disse Obama na sexta-feira ao se referir a Romney, cujo nome não mencionou em seu discurso perante os líderes do NALEO em um dos resorts do Walt Disney World, em Orlando, no centro da Flórida.

O presidente não voltava a este palco desde 2008, quando era candidato à presidência, e prometeu que aprovaria uma reforma em seu primeiro governo. Na sexta-feira indicou que: “Não abandonarei a luta pela reforma migratória enquanto for presidente dos Estados Unidos”.

Embora os detalhes destes planos e os prazos para torná-los reais tenham ficado no ar, Romney recebeu aplausos frios, enquanto Obama foi, mais uma vez, ovacionado como um astro do rock, de pé e com todo o público disputando espaço para tirar fotos do presidente com seus celulares e tablets.

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O senador republicano Marco Rubio, um político cubano-americano da Flórida, disse perante o público do NALEO que, embora não importe quem leva o crédito, a medida de Obama em relação aos estudantes ilegais da semana passada era muito similar a uma que ele trabalhava em uma comissão no Congresso.

Ainda assim, Rubio, Romney e líderes republicanos expressaram seu desagrado porque, a seu ver, Obama passou por cima do Congresso ao anunciar sua ordem executiva.

Criticam que Obama poderia ter tomado a medida no início do seu governo, quando tinha o Congresso sob controle democrata, mas não mencionam que em dezembro de 2010 a maioria republicana bloqueou a votação do Dream Act.

Segundo uma pesquisa da empresa Latino Decisiones divulgada na sexta-feira, Obama conta com 63% das intenções de voto hispânicas contra 37% para Romney, em cinco estados-chave que podem definir a eleição de novembro.

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