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O que Coreia do Norte ganhou em troca de enviar soldados à Rússia, segundo Seul

Acredita-se que cerca de 11 mil militares norte-coreanos tenham sido despachados para ajudar a expulsar ucranianos da região russa de Kursk

Por Da Redação Atualizado em 22 nov 2024, 21h25 - Publicado em 22 nov 2024, 10h35
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  • O conselheiro de segurança nacional da Coreia do Sul, Shin Won-sik, afirmou nesta sexta-feira, 22, que a Rússia forneceu mísseis antiaéreos e outros equipamentos de defesa à Coreia do Norte em troca do envio de soldados do país para ajudar o exército russo na guerra contra a Ucrânia.

    “Entendemos que a Coreia do Norte recebeu equipamento e mísseis antiaéreos para complementar sua fraca defesa aérea em Pyongyang”, disse Shin à rede de transmissão local SBS.

    O pacote de suprimentos russo também incluiu apoio econômico e tecnologia de satélite espião militar, completou a autoridade de Seul.

    + Putin não nega que soldados norte-coreanos treinam na Rússia para guerra da Ucrânia

    Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusaram Pyongyang de enviar mais de 10 mil soldados para ajudar os russos no conflito. Alguns especialistas apontam que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, queria em troca obter tecnologia avançada, como satélites de vigilância e submarinos, e experiência de combate para suas tropas.

    Acredita-se que já há cerca de 11 mil militares norte-coreanos tenham na região russa de Kursk, invadida em agosto por forças ucranianas, que hoje controlam cerca de 1.000 quilômetros quadrados de território. A agência de espionagem de Seul, ecoada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que alguns já participaram, inclusive, de batalhas contra o exército de Kiev.

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    Shin afirmou nesta sexta-feira disse que nenhum soldado adicional foi enviado à Rússia.

    Aliança renovada

    Em junho, Kim e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram um tratado de parceria estratégica. Entre outras disposições, o texto obriga ambos os países a prestar assistência militar “sem demora” em caso de ataque a um deles, bem como a cooperar para enfrentar sanções econômicas impostas por nações ocidentais. Os dois estão sujeitos a sanções das Nações Unidas: Pyongyang pelo seu programa de armas nucleares e Moscou pela guerra na Ucrânia.

    A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, em visita recente a Moscou, disse que seu país “apoiará firmemente” a Rússia “até o dia da vitória”.

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    Nesta sexta, Kim voltou a acusar os Estados Unidos de aumentarem a tensão ao redor do mundo, dizendo que a península coreana nunca enfrentou um risco maior de guerra nuclear, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

    “Jamais antes as partes beligerantes na península coreana enfrentaram uma confrontação tão perigosa e aguda que poderia se transformar na mais destrutiva guerra termonuclear”, afirmou Kim. “Já fomos tão longe quanto podemos nas negociações com os Estados Unidos.”

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