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Número um da Coreia do Norte Kim Jong-un faz seu primeiro discurso à nação

O novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez seu primeiro discurso público neste domingo e prometeu buscar a “vitória final” para seu Estado empobrecido, num tom notadamente belicista, apesar do lançamento frustrado de um foguete há dois dias. “Devemos fortalecer nossas forças armadas de todas as formas possíveis… e alcançar o objetivo de […]

Por Por Simon Martin
15 abr 2012, 10h57
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  • O novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez seu primeiro discurso público neste domingo e prometeu buscar a “vitória final” para seu Estado empobrecido, num tom notadamente belicista, apesar do lançamento frustrado de um foguete há dois dias.

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    “Devemos fortalecer nossas forças armadas de todas as formas possíveis… e alcançar o objetivo de construir um Estado socialista poderoso e próspero”, declarou às tropas e aos milhares civis que lotaram uma praça batizada em homenagem ao seu avô Kim Il-sung, o fundador do país.

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    “O tempo em que o inimigo nos ameaça e chantageia com bombas atômicas se foi para sempre”, acrescentou Jong-un em referência ao programa de armas nucleares, apontado como uma das maiores conquistas da dinastia da família.

    O desfile, que marcou os 100 anos do nascimento de Kim Il-sung, aconteceu dois dias depois que o lançamento de um satélite para marcar o centenário fracassou de forma vergonhosa, quando o foguete aparentemente explodiu poucos minutos após a decolagem.

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    Mas Jong-un, com pouco menos de 30 anos e no poder há menos de quatro meses, parecia confiante quando inspecionou o desfile, que exibiu foguetes, artilharia, tanques e milhares de tropas marchando com passo de ganso.

    “Vamos caminhar para nossa vitória final!”, proclamou, apontando para as tropas, que gritavam repetidamente “Mansei!” (Vida longa).

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    Jong-un, que vestia um traje escuro ao estilo Mao, afirmou que a paz é valiosa para o Norte, enquanto tenta construir um país poderoso e melhorar a qualidade de vida.

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    “No entanto, a dignidade da nação e a soberania do país são mais valiosos para nós”, acrescentou.

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    O Norte foi adiante com o lançamento de um satélite, apesar da forte oposição dos Estados Unidos e de seus aliados, que o viram como um teste de míssil balístico disfarçado.

    Washington descartou os planos de entregar 240 mil toneladas de ajuda alimentar para o Norte, que sofre com uma grave e persistente escassez de alimentos, ao mesmo tempo em que gasta maciçamente com suas forças armadas.

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    O regime por anos prometeu se esforçar para elevar os padrões de vida.

    Jong-Un afirmou ainda que o partido no poder determinou que os norte-coreanos, “os melhores do mundo e que passaram por tantos desafios e serviram fielmente ao país, não precisarão mais apertar os cintos e irão desfrutar totalmente da prosperidade do socialismo”.

    Após o discurso, milhares de soldados de diversas unidades – tanto do exército regular de 1,2 milhão de integrantes quanto de estudantes de ensino médio e universidades – marcharam.

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    Fumaça de óleo diesel tomou conta da praça quando veículos apresentando um conjunto de armas passaram – caminhões com lançadores múltiplos de foguetes, tanques, veículos blindados, artilharia e uma série de mísseis de curto e médio alcance.

    Um mar de pessoas com flores de papel vermelhas, amarelas e brancas formaram grandes imagens com os nomes dos Kims, com as bandeiras nacional e do partido comunistas e com slogans como “Glória” e “Exército invencível”.

    Jong-Un, sorrindo e cantando com os líderes mioitares, acenou e saudou toda a parada do balcão decorado com retratos gigantes de Kim Il-sung e Kim Jong-il.

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    “Kim Jong-un, ao contrário de seu pai, parecer buscar um novo estilo de liderança que enfatiza a comunicação e a interação com o público, como seu avó fez no passado”, afirmou Cheong Seong-Chang do Sejong Institute, da Coreia do Sul.

    Mas a dinastia ainda é alvo de um persuasivo culto à personalidade. Retratos de Kim Il-sung dominam a capital, onde moram de preferência os nomes mais leais ao regime.

    Na Coreia do Sul, desertores norte-coreanos e ativistas soltaram milhares de balões carregando 200.000 panfletos na fortificada fronteira norte para condenar a sucessão dinástica e o lançamento de foguetes.

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