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ONU: Número global de refugiados bate recorde de 110 milhões de pessoas

Relatório do ACNUR indica que recorde em crises humanitárias e conflitos, como na Ucrânia e Sudão, aumentaram o número de deslocamentos

Por Da Redação
Atualizado em 14 jun 2023, 16h32 - Publicado em 14 jun 2023, 16h31
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  • O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) publicou nesta quarta-feira, 14, um relatório afirmando que cerca de 110 milhões de pessoas tiveram que fugir de suas casas por conta de conflitos, perseguição e violação de direitos humanos, número recorde de refugiados no mundo. 

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    Segundo o relatório, a disparada nos deslocamentos está relacionada com o aumento nas emergências humanitárias. Só a guerra do Sudão, iniciada em abril, levou mais de 2 milhões de pessoas a fugir. 

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    Em 2022, mais de 19 milhões de pessoas foram forçadas a sair de seus países, sendo mais de 11 milhões vítimas da invasão da Rússia na Ucrânia. O conflito levou à maior e mais rápida onda de deslocamentos desde a Segunda Guerra Mundial.  

    De acordo com o ACNUR, só no ano passado, o órgão registrou 35 emergências, número de três a quatro vezes maior do que nos períodos anteriores analisados.

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    Os conflitos na República Democrática do Congo, Etiópia e Mianmar também foram responsáveis ​​pelo deslocamento interno de mais de 1 milhão de pessoas em 2022 – quando são forçadas a viver em regiões diferentes dentro do próprio país de origem.

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    Segundo o relatório do ACNUR, a maioria dos afetados por conflitos busca segurança dentro do próprio país, mas um terço deles (equivalente a 35 milhões de pessoas), são obrigados a atravessar fronteiras, tornando-se refugiados. A grande maioria é acolhida por países de baixa e média renda na Ásia e na África, e não em países ricos da Europa ou América do Norte. 

    Atualmente, a Turquia é o maior receptor de refugiados do mundo, com cerca de 3,8 milhões de pessoas, em sua grande maioria sírios que fugiram da guerra civil. Em seguida está o Irã, com 3,4 milhões de refugiados, principalmente afegãos. Porém, há também 5,7 milhões de ucranianos espalhados por países europeus e outros continentes. 

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    O número de apátridas também aumentou no ano passado, com 4,4 milhões de pessoas que não são consideradas pertencentes a nenhum Estado. No entanto, acredita-se que este número está subestimado.

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    Os Estados Unidos foram o país que mais recebeu novos pedidos de asilo no ano passado (730.400). No entanto, a potência tem o sistema de asilo com maior atraso do mundo, de acordo com avaliação do ACNUR. 

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    Recentemente, os Estados Unidos, a Espanha e o Canadá anunciaram planos para criar centros de processamento de asilo na América Latina, com o objetivo de reduzir o número de pessoas que se deslocam para até a fronteira americana com o México.

    Na semana passada, líderes europeus renovaram promessas para financiar o desenvolvimento de nações do norte da África, com o objetivo de conter a imigração através do Mediterrâneo. Enquanto isso, o governo britânico insiste em um plano, até agora fracassado, de deportar qualquer requerente de asilo para Ruanda.

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    Apesar disso, ainda houve algumas vitórias na reforma das leis de imigração da União Europeia, que obrigam todos os países do bloco a abrigarem refugiados e requerentes de asilo – ou pagarem uma contribuição para um fundo bilionário destinado a cuidar dessas populações. 

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