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Número de mortos por coronavírus na China sobe para 213

Só nesta quinta-feira, 42 chineses morreram; são 9.720 infecções em todo o país e mais de oitenta casos em outros 19 países

Por Da Redação
Atualizado em 30 jan 2020, 21h41 - Publicado em 30 jan 2020, 10h12
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  • O total de mortes provocadas pelo novo coronavírus aumentou para 213. A China anunciou nesta quinta-feira, 30, o balanço mais grave de mortes em apenas um dia, com 42 óbitos, enquanto aumenta a preocupação em nível mundial com o número cada vez maior de contágios.

    Ao todo, foram confirmados 9.720 casos na China. Porém, foram registradas infecções pelo vírus em pelo menos outros 19 países.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS), que fez um apelo para que o mundo inteiro atue na questão, após reunião nesta quinta-feira determinou que a epidemia constitui uma emergência sanitária internacional.

    Wuhan, uma metrópole de 11 milhões de pessoas na região central da China que é considerada o epicentro da epidemia, está em quarentena e isolada do mundo há uma semana, assim como quase toda província de Hubei onde está localizada. As 56 milhões de pessoas que vivem na área isolada, o que inclui milhares de estrangeiros, não podem sair da região.

    Japoneses contagiados

    Estados Unidos e Japão foram os primeiros países a retirarem, na quarta-feira 29, parte de seus cidadãos do epicentro da epidemia. Na madrugada desta quinta-feira, um avião francês decolou com destino a Wuhan para repatriar 250 pessoas.

    Outros países pretendem organizar operações similares, como Itália, Alemanha e Canadá. Uma aeronave com britânicos a bordo que deveria sair nesta quinta-feira de Wuhan não decolou pela falta de autorização da China. O governo do Reino Unido afirmou que espera organizar o retorno o mais rápido possível.

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    Dos 195 americanos que chegaram na quarta-feira a uma base militar na Califórnia, nenhum apresentava sintomas do vírus. Todos permanecerão isolados durante 72 horas.

    No Japão, porém, dos 206 repatriados três estavam infectados, somando-se aos demais oito casos já registrados previamente.

    “Uma das três pessoas que apresentaram resultado positivo já desenvolveu os sintomas, mas as outras duas, não”, disse o ministro da Saúde, Katsunobu Kato.

    A grande maioria de contaminados está na China, mas outros quinze países também foram afetados, com quase oitenta casos confirmados. Além disso, transmissões entre humanos foram registradas em três países, além da China: Alemanha, Japão e Vietnã.

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    “O mundo inteiro tem que atuar”, advertiu na quarta-feira o diretor do programa de urgências da OMS, Michael Ryan. Neste contexto, governos e empresas estão aumentando as medidas para tentar conter a propagação da epidemia.

    Várias companhias aéreas, como a British Airways, a alemã Lufthansa, a espanhola Iberia, ou a indonésia Lion Air, suspenderam os voos para a China continental.

    Os governos do Brasil, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos recomendaram que seus cidadãos evitem viajar para o país asiático. E, nesta quinta-feira, a Rússia anunciou que vai fechar a fronteira com a China.

    Eventos esportivos cancelados

    Wuhan, no coração da epidemia, parece uma cidade fantasma há vários dias. No restante do país, os moradores evitam frequentar shoppings, cinemas e restaurantes.

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    Na luta para frear a propagação do vírus, o governo chinês prolongou o recesso de Ano Novo lunar até 2 de fevereiro, com o objetivo de evitar os grandes deslocamentos de pessoas nos transportes.

    O país cancelou várias competições esportivas internacionais, como as provas da Copa do Mundo de esqui alpino. Nesta quinta-feira, as autoridades anunciaram o adiamento do início da temporada 2020 de futebol.

    Além do setor aéreo, a epidemia provoca incertezas para o conjunto das perspectivas econômicas mundiais, advertiu o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), Jerome Powell.

    Grandes empresas como Toyota, IKEA, Starbucks, Tesla, McDonald’s e a gigante da tecnologia Foxconn decidiram suspender de forma temporária a produção, ou fechar suas lojas na China.

    (Com AFP)

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