Os incêndios que tomaram por três dias a ilha de Maui, no Havaí, já deixaram pelo menos 80 mortos, de acordo com o último comunicado do condado. As expectativas, no entanto, são que os números aumentem ainda mais à medida que as operações de busca continuam, com o auxílio de cães farejadores.
Todos os mortos identificados até agora são da cidade de Lahaina, o principal ponto turístico da ilha, onde cerca de 2700 prédios foram danificados, mais de 80% deles residenciais. Ao todo, o incêndio atingiu 2100 acres, o equivalente a mais de 1 mil campos de futebol. Segundo veículos de comunicação locais, 85% do fogo foi contido.
Alguns moradores já começam a retornar a cidade, mas a maioria deles se deparam com a frustração de ver seu lar completamente destruído pela tragédia. O incêndio pegou de surpresa a maioria deles, que não foram alertados pelas sirenes de emergência que deveriam funcionar em situações como esta.
As imagens do desastre se espalharam por todo o mundo. Enquanto muitos dos locais fugiram para a ilha vizinha, alguns deles procuraram abrigo no Oceano Pacífico, de onde precisaram ser resgatados. Esse já é o maior desastre ambiental que atingiu o Havaí, ultrapassando o tsunami que deixou 61 mortos em 1960.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas acredita-se que o fogo tenha sido potencializado pelo tempo mais seco que o normal e pelas rajadas de vento do furacão Dora, que atingiram o Havaí momentos antes. Outros incêndios florestais causaram transtornos em muitos países ao longo do verão no hemisfério norte.