Cairo, 9 dez (EFE). – Ao menos nove pessoas foram mortas pelas forças leais ao regime sírio nesta sexta-feira durante as manifestações convocadas em todo o país contra o presidente Bashar Al Assad.
Os opositores Comitês de Coordenação Local informaram a morte de quatro pessoas na província de Homs (centro), entre elas duas crianças e uma mulher, de quatro desertores em Idleb (norte), e de um civil em Duma, nos arredores de Damasco, todas causadas por disparos das forças de segurança e de francoatiradores.
Em Homs, um dos locais que mais abriga membros da oposição, os corpos de segurança e o Exército continuaram com a violenta ofensiva que empregam há algumas semanas.
Com relação aos soldados dissidentes mortos, os Comitês não especificaram as circunstâncias de suas mortes, mas sabe-se que na província de Idleb os confrontos entre as tropas regulares e desertores são frequentes.
Em Duma, houve um grande desdobramento de francoatiradores e homens de segurança, que interromperam o trânsito em várias ruas da cidade.
Estes incidentes coincidiram com um novo dia de grandes protestos contra Assad em todo o país, como acontece sempre às sextas-feiras há nove meses.
Na província meridional de Deraa, houve mais de 50 passeatas em diferentes zonas, mesmo com o sinal de internet e dos celulares cortados e a ampla campanha de prisões.
Em outras províncias como Hama e Aleppo, milhares de manifestantes tomaram as ruas e foram contidos pelas forças de segurança, que deixaram vários feridos.
Desde meados de março, quando começaram os protestos populares contra o regime de Assad, mais de 4 mil pessoas morreram por causa da repressão das forças de segurança, de acordo com dados das Nações Unidas. EFE