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Novo atentado com carro-bomba na Síria antes de chegada de missão

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18 mar 2012, 16h08

A Síria sofreu neste domingo o terceiro atentado em dois dias, na véspera da data estabelecida para que Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe, envie especialistas ao país para negociar uma missão de observação destinada a pôr um ponto final a um ano de derramamento de sangue.

O atentado foi cometido em Aleppo, cidade do norte do país tomada recentemente pela onda de revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Na véspera, um duplo atentado matou dezenas de pessoas em Damasco.

“O atentado com carro-bomba foi praticado no bairro de Souleimaniya, em Aleppo, próximo à sede da Segurança Política, e deixou três mortos e 25 feridos”, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.

A televisão estatal registrou dois mortos e “cerca de trinta feridos” na explosão “terrorista”.

Como ocorreu com os atentados anteriores, a oposição e o regime se acusaram mutuamente.

“O regime sírio tem a intenção de aterrorizar as regiões maiores, particularmente Damasco e Aleppo, onde grandes manifestações foram realizadas nas últimas semanas”, afirmou à AFP Samir Nachar, membro do executivo do CNS.

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Segundo ele, esses ataques também têm como objetivo “amedrontar as minorias”, já que dois atentados, em Damasco e em Aleppo, ocorreram nos bairros onde vive uma grande comunidade cristã.

“O regime foi capaz de praticar tais explosões para dizer aos habitantes que o país vai direto para o caos”, declarou.

“O regime quer também enviar a mensagem ao exterior de que a Al-Qaeda entrou na Síria”, mas a Al-Qaeda não reivindicou esses ataques, como faz normalmente.

Segundo Mohammad al-Halabi, porta-voz dos comitês locais de militantes da região de Aleppo, a explosão ocorreu às 12h50 locais (07h50 de Brasília) na área da sede da Segurança Política e foi “seguida de forte tiroteio”.

Em Damasco, dezenas de sírios pró-Assad se reuniram no bairro de Qasa, onde acusaram Qatar e Arábia Saudita, favoráveis a armar os rebeldes, de serem responsáveis pelo “sangue derramado” no país. A imprensa oficial também criticou esses dois países.

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No sábado, um diplomata árabe afirmou à AFP que Riad enviava, através da Jordânia, material militar para equipar os desertores do Exército Sírio Livre (ESL), informação “categoricamente desmentida” pela Jordânia.

No plano diplomático, especialistas enviados por Kofi Annan partirão na segunda-feira de Genebra e de Nova York para a Síria. Segundo Ahmad Fawzi, porta-voz de Annan, eles são encarregados de negociar o envio de uma missão de observação para pôr fim aos “massacres”.

O OSDH estima que a violência tenha causado a morte de mais de 9.000 pessoas desde o começo, há um ano, de uma revolução popular reprimida duramente pelo regime, que a atribui a “grupos terroristas armados”.

A ONU também deve participar neste final de semana de uma missão de avaliação das necessidades humanitárias na Síria sob a supervisão do governo.

O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, abordará na segunda-feira na Rússia, aliada de Damasco, a “situação humanitária (que) se agrava na Síria”.

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Enquanto isso, o regime sírio seguia atacando os opositores, em meio a combates entre soldados e desertores, segundo o OSDH, que indicou pelo menos 15 mortos (oito civis, seis soldados e um rebelde).

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