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Níveis de gelo na Antártida atingem patamar mínimo recorde

Extensão das geleiras atingiu marca de 16,96 milhões de quilômetros quadrados, menor registro em 44 anos

Por Da Redação
Atualizado em 25 set 2023, 19h58 - Publicado em 25 set 2023, 18h52
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  • O Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC) informou nesta segunda-feira, 25, que o gelo marinho que cobre o mar da Antártida atingiu os níveis mais baixos da história. A extensão das geleiras atingiu a preocupante marca de 16,96 milhões de quilômetros quadrados, menor registro desde que os satélites passaram a acompanhar a situação no local, em 1979.

    “Não é apenas um ano recorde, é um ano extremo de quebra de recordes”, disse Walt Meier, cientista sênior do NSIDC.

    O recorde anterior foi estabelecido em 1986, quando a Antártida apresentava cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados a mais do que os índices deste ano. O gelo marinho atinge seu pico por volta de setembro, no fim do inverno, e passa a derreter progressivamente até seu ponto mais baixo entre fevereiro e março, últimos meses do verão.

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    A extensão do gelo marinho antártico no verão também atingiu um mínimo recorde em fevereiro, quebrando a marca anterior estabelecida em 2022. O Ártico foi duramente atingido pelas alterações climáticas ao longo da última década, com o gelo marinho a deteriorar-se rapidamente à medida que a região norte aquece quatro vezes mais rapidamente do que a média global.

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    Os pesquisadores alertaram para as graves consequências para a fauna local, como os pinguins, que se reproduzem e criam seus filhotes sob as geleiras. Eles advertiram, ainda, que o derretimento do gelo culminará na intensificação do aquecimento global, uma vez que os raios solares não serão refletidos de volta ao espaço pela superfície branca. 

    Embora as alterações climáticas estejam entre as possíveis causas para o derretimento glacial, não é decisivo que tenha representado um impacto no aumento das temperaturas no gelo marinho no pólo sul. A extensão do gelo cresceu entre 2007 e 2016 na região.

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    No entanto, um recente artigo publicado na revista Communications Earth and Environment acende alertas para o assunto. O estudo afirma que as alterações climáticas desempenham um papel central na redução progressiva do gelo na Antártida, enquanto o aquecimento dos oceanos, em reflexo às altas emissões de gases de efeito de estufas, reflete em índices preocupantes.

    “A mensagem principal aqui é que para proteger estas partes congeladas do mundo que são realmente importantes por uma série de razões”, disse Ariaan Purich, coautor e pesquisador do gelo marinho da Universidade Monash da Austrália. “Nós realmente precisamos para reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa.”

     

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